O presidente Jair Bolsonaro reafirmou a ideia de que o auxílio emergencial não será prorrogado. O chefe do executivo confirmou que não será criado um novo programa de distribuição de renda e afirmou que a ideia é “aumentar um pouquinho” o atual programa assistencial Bolsa Família.
De acordo com Bolsonaro, o auxílio pago a vulneráveis por causa da crise provocada pela Covid-19 tem caráter emergencial e o Brasil conta com uma capacidade de endividamento e não pode se “desequilibrar”.
“Quem falar em Renda Brasil, eu vou dar cartão vermelho, não tem mais conversa”, disse Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band( o Renda Brasil era o programa previsto pelo Governo para substituir o Bolsa Família).
“Auxílio é emergencial, o próprio nome diz: é emergencial, Não podemos ficar sinalizando em prorrogar e prorrogar e prorrogar”, disse o presidente, acrescentando que “acaba agora em dezembro”.
Ao se referir que agora o foco será o Bolsa Família, Bolsonaro confirmou o que tem falado para a equipe econômica: “Vamos tentar aumentar um pouquinho isso aí.”
O presidente argumentou, ainda, que o país tem que manter as contas em ordem para evitar aumento da inflação, “o imposto mais danoso que existe para todo mundo,” disse ele.
Nesta semana, durante sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que a continuidade do pagamento do auxílio emergencial em 2021 pode trazer consequências que acabariam quebrando o país no âmbito da Economia. Ele classificou que a decorrência da extensão do benefício seria desastrosa.
O presidente Bolsonaro também voltou a lamentar as infecções e mortes causadas por conta da pandemia do novo coronavírus. No entanto, o chefe do executivo federal disse que é necessário “conviver” com a Covid-19 e que não se pode “destruir empregos”.
Bolsonaro também destacou mais uma vez que o país está com capacidade de endividamento no limite.
“Lamento, pessoal quer que continue [o auxílio emergencial], vai quebrar o Brasil, vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre e todo mundo vai pagar caríssimo”, disse Bolsonaro.
Quem está aguardando pela prorrogação do auxílio emergencial para 2021 ainda precisa aguardar uma reviravolta por meio dos políticos. No momento, analistas revelam que o clima em Brasília não pende para uma prorrogação do benefício neste ano.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta em uma imunização em massa para tentar reverter a situação. O gestor da pasta acredita que se imunizar a população, as pessoas voltarão a ter emprego e não precisariam mais dos auxílios assistenciais do Governo.
Segundo dados do Instituto Datafolha, cerca de 70% dos que receberam auxílio ainda não conseguiram outra renda. Dessa forma, essas pessoas ainda estão com problemas para comprar itens básicos.