A história de que vereadores do Rio de Janeiro consumiram juntos algo em torno de R$ 3,6 milhões em auxílio-combustível ainda está causando polêmica. A notícia acabou ganhando divulgação depois de uma matéria da emissora do tv fechada Globo News. De acordo com a informação, quase todos os parlamentares pegaram o dinheiro.
No entanto, dos 51 vereadores da Câmara local, apenas um se negou a receber o benefício. Trata-se portanto de Pedro Duarte, do Partido Novo. Em entrevista para a Globo News, ele disse que é contra o uso desse dinheiro não apenas no período da pandemia, mas também em outros momentos.
De acordo com a matéria, os vereadores da cidade receberam juntos milhões de reais em auxílio-combustível. Isso considerando apenas o período que foi desde o último mês de abril de 2020 e agosto deste ano. Esse dinheiro é suficiente para pagar R$ 6.240 por mês para cada um dos parlamentares.
Em um nível de comparação, o Auxílio Emergencial do estado do Rio de Janeiro está pagando, no máximo, R$ 300 por pessoa. Portanto, os vereadores da cidade estavam recebendo um benefício para além do salário para realizar uma atividade que, neste momento, eles nem estão obrigados a fazer.
É que por causa da pandemia do novo coronavírus, as sessões do Câmara estão acontecendo de forma semipresencial. Isso quer dizer portanto que os parlamentares estão podendo optar por acompanhar a reunião de casa. Na semana passada, uma sessão contou com a presença de três políticos. Todos os outros faltaram ou acompanharam de maneira remota.
Toda essa história acabou jogando pressão sobre os governos. Nas redes sociais, várias pessoas passaram a pedir o pagamento de um auxílio-combustível para os indivíduos que estão com dificuldades financeiras neste momento.
A ideia seria portanto focar nos trabalhadores que precisam de um carro para trabalhar. Não necessariamente apenas para se transportar até o trabalho, mas que usam o veículo no emprego. É o caso, por exemplo, dos motoristas de caminhão e dos taxistas, por exemplo.
Até aqui, no entanto, não há muita movimentação dentro do Congresso Nacional sobre o assunto. Nem membros da oposição, nem membros do Governo Federal estão se movimentando para apresentar projetos neste sentido.
O Governo Federal também não está respondendo aos pedidos. Pelo que se sabe de informação de bastidor até agora, a ideia do Palácio do Planalto é focar completamente no pagamento do novo Bolsa Família.
O programa, que deve passar a se chamar Auxílio Brasil, vai entrar em cena a partir de novembro. Com ele, o Governo pretende aumentar o número de famílias que recebem alguma ajuda em dinheiro do estado.
Além disso, o Governo também está planejando lançar programas para tentar aumentar as vagas de empregos no país. É que se entende que com menos desemprego, mais pessoas irão conseguir pagar as suas contas. Agora é esperar para saber se eles irão conseguir fazer isso na prática.