Atenção, trabalhadores! O Governo está se preparando neste momento para o início dos pagamentos do Auxílio Brasil. Esse é o programa que deverá substituir o Bolsa Família a partir do próximo mês de novembro. A versão turbinada do benefício tinha tudo para ser o principal assunto dos corredores do Planalto, mas de acordo com fontes, não é.
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Pelo que se sabe até aqui, o Governo Federal está tentando mudar a estratégia neste momento. A ideia agora é priorizar a questão do preço da gasolina. A avaliação de dentro do Palácio do Planalto neste momento é a de que não vai adiantar pagar um projeto alto sem dar atenção para a questão do combustível.
Esse é um dos itens que vem crescendo de preço nos últimos meses. Muita gente vem percebendo que abastecer o carro está se tornando uma prática muito mais cara ultimamente. Entende-se que essa é uma situação que mexe com milhões de pessoas no Brasil todos os dias.
É justamente por isso que o Governo estaria querendo trazer esse assunto para a prioridade. Não se sabe ao certo o que poderia ser feito ainda, mas a história de um auxílio-combustível para trabalhadores informais está, até este momento, descartada. Agora é esperar para saber o que vai acontecer.
Há quem diga que o Governo vai ter que chegar em um acordo com a Petrobras, mas isso também não é uma ideia concreta. O que se sabe é que dentro do poder executivo a ordem é encontrar uma solução para esse problema o mais rapidamente possível. É que entende-se que o tempo para resolver isso está acabando.
Mas o fato de o Governo tirar o Auxílio Brasil da prioridade principal, não quer dizer que o programa saiu do radar. De acordo com informações de bastidores, o plano do Palácio do Planalto segue sendo começar esses pagamentos a partir de novembro.
Isso só vai ser possível porque o Presidente Jair Bolsonaro passou por cima de uma promessa de campanha e decidiu aumentar a cobrança de impostos. Pelo menos é isso o que se sabe de maneira oficial.
Segundo dados de bastidores, o programa vai ter um patamar maior de pagamentos. Deverá subir do atual valor médio de R$ 189 para algo em torno de R$ 300. Pelo menos é o que se sabe.
Publicamente, membros do Governo Federal insistem na ideia de que a produção desses programas não possui qualquer apelo eleitoral. Em entrevista recente, no entanto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, discordou.
De acordo com o chefe da pasta, muitas pessoas dentro do Governo Federal estariam querendo que o Presidente aprovasse uma série de projetos sociais. E o objetivo disso, ainda de acordo com Guedes, seria aumentar as chances de reeleição em 2022.
O Ministro, aliás, disse que esse aumento de gastos poderia ter um efeito contrário. De acordo com ele, as pessoas iriam acabar sofrendo mais com esses gastos e com isso o Presidente Jair Bolsonaro acabaria perdendo as eleições.
O mês de outubro chegou, mas o Governo Federal ainda não decidiu a forma de financiamento do novo Auxílio Brasil. Vários textos ainda estão em tramitação no Congresso Nacional. Apesar da pressão em torno do Palácio do Planalto por essas informações, o Presidente do Banco Central (BC) adotou um clima de cautela.
Em um evento para uma instituição financeira neste final de semana, Roberto Campos Neto disse que a situação vai se resolver em breve. Ele disse, entre outras coisas, que o mercado está esperando por essas definições. Além disso, ele também argumentou que depois desses anúncios os ânimos irão se acalmar.
“Acredito que quando você virar a página nesse tema, nós seremos capazes de avançar e acredito que vamos virar essa página em breve”, disse Campos Neto neste evento. Ele não chegou a citar nominalmente o Ministro da Economia, Paulo Guedes e nem mesmo o Presidente do Brasil, Paulo Guedes.