Pressão, competitividade e insegurança, estes são os principais gatilhos para desenvolver algum tipo de doença emocional e até distúrbios alimentares entre os estudantes.
A incidência é ainda maior em universitários federais, de acordo com uma pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (ANDIFE), que revela que 83% dos estudantes já passaram por algum transtorno de ordem emocional.
O estresse acadêmico é comum entre a maioria dos alunos, entretanto, muitos acabam não sabendo lidar com este estado, que pode se agravar e desencadear problemas mais graves.
Além disso, a rotina cada vez mais atribulada dos jovens, que muitas vezes associam o estudo ao trabalho, aumenta ainda mais a probabilidade de despertar gatilhos para as doenças emocionais, visto que o período de descanso é reduzido na contramão em que a mente fica sobrecarregada.
Dentre os diagnósticos mais comuns entre os estudantes, temos a depressão, o transtorno de ansiedade e distúrbios alimentares.
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica, que pode ser ocasionada por diversos fatores, desde genéticos aos fatores sociais e acontecimentos externos.
No caso dos estudantes, o próprio estresse acadêmico pode desencadear a síndrome, além de sentimentos como a insegurança em relação à capacidade de aprendizado e até o convívio com os demais colegas de instituição.
Apesar de o diagnóstico de doenças emocionais ser bem complexo e necessitar de uma avaliação médica com especialista, muitos dos sintomas podem ser notados durante a própria rotina acadêmica, tais como:
Ao notar alguns destes sintomas, é imprescindível buscar ajuda médica para garantir um diagnóstico precoce.
O tratamento da depressão inclui desde medicamentos às terapias. Também é possível buscar auxílio através do Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188.
Diferente de estar ansioso, um estado considerado natural em determinados períodos da vida do ser humano, desenvolver o Transtorno de Ansiedade acarreta em um quadro bem mais grave e preocupante.
O transtorno de Ansiedade se caracteriza por preocupações obsessivas com pequenas tarefas do dia a dia, sensações subjetivas de medo, expectativas catastróficas, falta de concentração, insônia, inclusive por alguns sintomas físicos como:
Vale destacar, que a ansiedade é frequente em 9,3% da população brasileira, de acordo com relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), número este, que é considerado o triplo da média mundial.
O diagnóstico do transtorno de ansiedade também é clinico, por isso é importante realizar avaliações médicas periódicas.
Os distúrbios alimentares podem ser frequentes na época acadêmica devido à própria rotina atribulada dos estudantes, que induz a uma má alimentação, como também, pelas preocupações obsessivas com a aparência.
A fim de sentirem-se integrados ao grupo ou atender os “padrões de beleza”, impostos pela sociedade, muitos desses estudantes acabam praticando ações prejudiciais ao corpo, que desencadeiam em distúrbios como a bulimia e anorexia.
Problemas gastrointestinais e até obesidade também são fatores propícios durante este período de estudos, visto que a alimentação acaba sendo desregrada e muitas das refeições são escolhas rápidas como fast-food, por exemplo.
Diante desses dados fica evidente a importância de se atentar à saúde dos estudantes e aos mínimos sinais de doença emocional ou distúrbio alimentar procurar uma ajuda médica.