Um estudo realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie revelou que 54% dos alunos do ensino superior do Brasil não tiveram contato com aulas online antes da pandemia.
Por conta da quarentena, a saber, os estudantes não apenas das universidades como também de todas as fases do ensino, precisaram se adaptar com o aprendizado remoto.
De acordo com Marili Moreira da Silva, líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Currículo e Sociedade (GEICS), da Mackenzie, o dado preocupa.
Segundo ela, os resultados também evidenciam que as aulas online não têm funcionado muito bem enquanto as instituições permanecem fechadas.
Afinal, alunos e os professores pesquisados mostram que não sabem utilizar as ferramentas de educação a distância. Sendo assim, a dificuldade tende a aumentar ainda mais nesse sentido.
A pesquisa focou nas necessidades e preocupações atuais dos alunos. Entretanto, os dados, de acordo com Marili, apresentam informações relativas aos professores do mesmo modo.
que os professores estão preocupados com o processo de aprendizagem dos alunos, utilizam as plataformas diversas para ensinar, mas não têm formação e estrutura.
Segundo ela, tudo indica que o retorno das aulas ocorrerá no formato híbrido, o que vai demandar capacitação dos professores.
As universidades que operam na capital paulista podem retomar as aulas presenciais a partir do dia 7 de outubro.
A decisão foi anunciada pelo prefeito da cidade, Bruno Covas, nesta quinta-feira (17). Na ocasião, ele aproveitou para afirmar que as atividades extracurriculares nas escolas públicas e particulares também se iniciarão nesse mesmo prazo.
De acordo com Covas, a avaliação da disseminação do novo coronavírus na capital paulista garantiu que não há porque continuar sem aulas nas universidades.
Faz parte dessa análise o acompanhamento das testagens realizadas na população. “Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo”, colocou.