Antropologia: Entenda o que é Relativismo Cultural

O relativismo cultural procura compreender os valores culturais vigentes em uma sociedade, através dos padrões estabelecidos nesse grupo social.

Sobretudo, no século XIX buscando entender a fundo o etnocentrismo e o positivismo, o relativismo social começou a ganhar destaque, principalmente pelas obras de Franz Boas (1858-1942). 

Relativismo cultural poderá aparecer em provas de vestibulares de todo país, assim como no ENEM. Por isso vale a pena ficar ligado no assunto, acompanhe!

Relativismo Cultural – Definição

Para compreender o relativismo cultural, primeiro vamos ver o sentido de duas palavras; relativismo e cultura. 

Relativismo: Não existe uma verdade plena, nem mesmo no campo moral ou cultural. Busca uma interpelação cultural sem preconceitos. 

Cultura: Conjunto de comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes, etc. Isto é, conjunto de elementos materiais ou imateriais que pertence a um grupo social. 

O que é o Relativismo Cultural?

O relativismo cultural apresenta o entendimento de diversos povos e culturas, por meio de suas crenças. Ele busca entender comportamentos e como funciona a dinâmica social da população, ao invés de realizar pré-julgamentos sobre determinados grupos sociais. 

Por conta disso, não cabe a nenhum indivíduo opinar sobre valores e práticas de um povo e classificá-las como certas ou erradas. 

Relativismo Cultural x Etnocentrismo

O relativismo cultural surgiu como afronte as ideias positivistas criadas por Auguste Comte que defendia uma humanidade em expansão científica, seguindo as influências europeias. 

Sendo assim, quem não estivesse no mesmo estágio que a Europa Ocidental eram tidos como inferiores. Por causa disso, as noções de superioridade, inferioridade, entre outros foram excluídas pelo relativismo cultural. 

O relativismo cultural oferece uma reflexão de que as diversas populações do mundo não precisam estar em equidade tecnológica ou científica para ser melhor ou pior.  

Além disso, não compactua com o positivismo no conceito em que a sociedade precisa necessariamente estar em constante mudança e rejeita o progresso moral. 

Em contrapartida, o etnocentrismo carrega a ideia de julgamento e hierarquia nos grupos sociais, já o relativismo cultural compreende costumes e tradições como parte de uma cultura característica. 

Relativismo Cultural – Exemplos

Quando paramos para olhar tradições, costumes, hábitos de diversas sociedades, nota-se que cada uma tem suas peculiaridades. Desse modo, o que pode ser normal para alguns, para outros nem tanto. 

Dê uma olhada em alguns aspectos presentes em culturas que podem ser diferentes do que conhecemos por “normal”:

  • Sexo dos bebês: Na Índia, espera-se que a criança seja do sexo masculino. Por isso, muitas meninas quando nascem acabam abandonadas pelos pais.
  • Higiene: Em algumas nações árabes, a mão esquerda é usada para higiene pessoal, já a direita é utilizada para comer e dar objetos. Esses fundamentos encontram-se na Suna conforme os conceitos do islamismo por Maomé. 
  • Canibalismo: Em algumas tribos indígenas, os inimigos de guerra eram mortos e posteriormente suas cinzas eram consumidas com alimentos pelos índios. Eles acreditavam que esse era um gesto de honra e respeito ao adversário, além de incorporar a força do guerreiro abatido. 
  • Gastronomia: Na China, por exemplo, a culinária é muito diversificada, em alguns lugares é possível encontrar espetinhos de insetos, sopa de morcego, carne de cachorro, entre outros. Pratos impensáveis na cultura brasileira por exemplo. 
  • Animais Sagrados: Na Índia, por exemplo, alguns animais são considerados sagrados, como é o caso da Vaca. A saber, em alguns locais do país os ratos também são cultuados como sagrados. 

E então, gostou de conhecer mais sobre o assunto?

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