Em janeiro de 2015, a sede do jornal francês Charlie Hebdoo foi atacada por fundamentalistas. O pretexto para o ataque foi a publicação de uma charge considerada ofensiva.
O evento ainda é extremamente recente e, dessa forma, pode ser abordado pelas mais variadas questões de atualidades, especialmente no ENEM e nos vestibulares. Ainda, o massacre pode aparecer em perguntas que o relacionam à outros episódios de intolerância religiosa que ocorreram na história.
No dia 7 de janeiro de 2015, a sede do jornal Charlie Hebdo foi atacada, levantando complexos debates sobre os limites da liberdade de expressão e sobre o fundamentalismo religioso.
É válido destacar que o jornal Charlie Hebdo era muito conhecido na França, antes mesmo do atentado, pelas suas polêmicas relacionadas ao Islamismo. Isso porque, em diversos momentos diferentes o jornal havia publicado caricaturas de Maomé, profeta islâmico.
No ano de 2012, o jornal publicou uma caricaturas de Maomé que inseriam o profeta em cenas de nudez e pornografia. A publicação ocorreu no meio de protestos antiamericanos por parte de muçulmanos, ocasionados pela produção do longa A inocência dos muçulmanos nos Estados Unidos.
Em 7 de janeiro de 2015, dois homens iniciaram um ataque com armas de fogo à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris. Os terroristas entraram no local gritando “Allah al akbar” (“Alá é grande”) e mataram 12 pessoas, dentre elas o cartunista do jornal responsável pelas charges de Maomé: Stéphane Charbonnier. Outras 11 pessoas ficaram feridas durante o tiroteio.
O massacre gerou complexos debates em todo o mundo. Milhares de pessoas organizaram protestos na França e em demais países, com o objetivo de condenar a ação e criticar o ataque à liberdade de expressão.
Ainda, as redes sociais foram fortemente utilizadas como palco para esses debates. Um exemplo disso é a criação da hashtag Je suis Charlie, utilizada por pessoas que se sensibilizaram com o acontecimento e condenavam a violência do atentado.
Porém, é válido destacar que os debates foram caracterizados por uma diversidade de opiniões. Outros indivíduos, por exemplo, utilizaram a hashtag Je ne suis pas Charlie, para problematizar a atitude do jornal e afirmar que os editores deveriam ter respeitado a religião islâmica e os seus fiéis.