De origem alemã, o termo indústria cultural foi criado na Escola de Frankfurt sobretudo pelos intelectuais Max Horkheimer (1895 – 1973) e Theodor Adorno (1903 – 1969).
A expressão indústria cultural surgiu nos anos 40, encontrada no livro “Dialética do Esclarecimento: Fragmentos filosóficos”, que foi escrito por ambos e publicado na década de 70.
O termo e suas característica pode aparecer em vestibulares e no Enem e por isso vale a pena ficar atento nesse assunto.
O termo denomina o fazer cultural e artístico sob a ótica da produção industrial presente no mundo capitalista. Desse modo, visa o lucro acima de tudo, assim como, o marketing adaptado para o consumo em massa de seus produtos.
Na indústria cultural, fabricam-se diversas ilusões padronizadas de origem cultural e artística, visando a venda de produtos culturais para a obtenção sobretudo do lucro.
Vale frisar, que elas mantém o foco nos interesses da classe dominante, corroborando para a perpetuação da mesma socialmente.
Com essas medidas, o resultado configura um cenário onde os “dominados” consideram-se incapazes de conseguir elaborar um pensamento crítico sobre a imposição ideológica do sistema capitalista.
Entretanto, com o crescimento e desenvolvimento tecnológico da Indústria Cultural surgiu o desejo pela renovação técnico-científica constante.
A saber, quando um indivíduo demonstra quaisquer comportamento diferente das necessidades do consumo, ele é combatido e tratado como anormal pela indústria cultural.
Desse modo, a cultura popular e erudita entram num processo de simplificação e falsificação. A partir daí passam por uma transformação, se tornando algo consumível, colaborando para a decadência do formato original e criativas, essenciais para o desenvolvimento da cultura e arte em estado puro.
Podemos dizer que a Indústria Cultural e os meios de comunicação em massa, juntamente com ferramentas como as propagandas são inseparáveis.
É através desses mecanismos que se obtém a manutenção da crença de liberdade individual. Através deles é proporcionado o sentimento de satisfação pelo consumo.
Pode-se afirmar que em grande parte os produtos adquiridos não vão proporcionar a alegria, sucesso, entre outros adjetivos que a pessoa espera quando o obtém. Desse modo, o sistema ilude facilmente o consumidor, deixando-o em um ciclo de conformismo.
Apesar de muitas críticas nem tudo é negativo na indústria cultural capitalista. Com isso, Walter Benjamin (1892 – 1940) acredita ela também pode ser um modo democrático para arte.
O ponto de vista deles é que o mesmo mecanismo que aliena, também leva cultura para maior parte da população.
Ainda por cima, possibilita uma busca não comercial, devido o acesso a ferramentas que permitem a produção cultural.
Já na visão de Theodor Adorno e Max Horkheimer, a indústria cultural é uma das formadoras de mentalidades. Entretanto, não se utiliza de modo claro, o que torna uma possibilidade virtual deste sistema.
Contudo, a indústria cultural é uma das principais ferramentas pela alienação proporcionada pela degradação da arte de seu papel transformador.
Em outras vias, ela pode ser capaz de transmitir e readequar a arte enquanto fator de transformação da sociedade.