A Oregon State University realizou um estudo de três anos sobre os efeitos da qualidade do ar por conta dos incêndios florestais e como eles afetam a produção de leite.
Os incêndios florestais estão cada vez mais severos e numerosos, onde existem grandes criações de vacas para produção de leite e têm afetado diretamente o bem-estar dos animais.
A pesquisa busca entender os impactos da fumaça dos incêndios florestais a longo prazo em relação à saúde dos animais.
Um estudo da Universidade de Idaho revelou que o gado leiteiro exposto à péssima qualidade do ar e estresse por conta do calor, produzia pelo menos 1,3 litros de leite a menos por dia do que a média.
O estudo foi realizado em alguns locais e deve ser expandido para explorar padrões mais amplos.
“Devido às mudanças climáticas e às condições globais, veremos muito mais incêndios florestais – e por causa disso haverá muito mais pessoas e animais expostos a incêndios florestais. Ser capaz de dizer que tipo de efeitos existem e como podemos ser afetados no futuro é muito importante”, revelou Ashly Anderson que trabalhou na pesquisa.
Buscando um levantamento mais profundo sobre o tema, as colegas Ranches e Jenifer Cruickshank começaram um estudo que durou três anos. Elas colocaram 30 vacas para pastar e chamaram de “vacas de fumaça”.
Cada vez que ocorre um incêndio florestal diretamente a qualidade do ar é afetada, Ranches coleta diariamente amostras de leite e exames de sangue, que são analisados ??para identificar o nível de estresse.
Eles também monitoram e medem as taxas respiratórias e a temperatura corporal das vacas.
O estudo busca uma imagem detalhada do que essas vacas estão experimentando, através da má qualidade do ar associada aos incêndios florestais.
Em síntese, o objetivo é buscar uma melhor compreensão dos efeitos fisiológicos sobre elas, com as informações, será possível entender os efeitos negativos e buscar minimizar os danos.
Este estudo realizado em Oregon, nos Estados Unidos, sobre os impactos da fumaça em vacas leiteiras fornece informações cruciais para os produtores de leite, no que diz respeito ao bem-estar de seus animais e sua produção comercial.
Mesmo nas áreas costeiras onde os incêndios florestais são menos frequentes, o aumento da temperatura e a fumaça dos incêndios no interior estão se tornando preocupantes.
A maioria das instalações agrícolas costeiras não está equipada para fornecer abrigo contra a fumaça intensa e o calor prolongado.
Os produtores de leite nessas regiões podem muito bem ter que pensar em encontrar soluções para a mudança dos padrões climáticos.
Por exemplo, os celeiros têm de ser reprojetados para fornecer resfriamento e ventilação adequados, e essas mudanças terão um custo; mas, é claro, o cuidado e o conforto das vacas são as principais prioridades de todos os produtores de leite conscientes.
E estudos como este ajudarão a informar as melhores práticas para uma rápida transformação no setor.
Tami Kerr, diretora executiva da Associação de Fazendeiros de Leite do estado de Oregon, nos Estados Unidos, está confiante de que os fazendeiros serão capazes de manter seu gado seguro.
Muitos já instalaram ventiladores e amassadores em seus celeiros e, como ela afirmou,
“Oregon é um líder nacional em qualidade do leite, o que reflete bem no cuidado que nossos fazendeiros prestam aos seus animais. Nossos produtores são criativos e explorarão mais opções para manter sua força de trabalho, assim como suas vacas, seguras e confortáveis o máximo possível”.
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