“Carbono azul” refere-se às grandes quantidades de dióxido de carbono que os oceanos da Terra absorvem da atmosfera.
O nome surgiu na década de 1990, quando os cientistas perceberam a importância da vegetação marinha como importantes sumidouros de carbono.
Junto com as florestas, que armazenam “carbono verde”, os ecossistemas costeiros, como manguezais, pântanos salgados, turfeiras, leitos de algas e ervas marinhas, desempenham um papel valioso na corrida para remover do ar os gases do efeito estufa que causam a mudança climática.
No entanto, como muitas de nossas florestas terrestres, estamos perdendo esses ecossistemas para a invasão humana e, quando o fazemos, esses sumidouros naturais de carbono liberam enormes quantidades de carbono, agravando nossos desafios ambientais.
Três quartos dos países do mundo têm pelo menos um ecossistema de carbono azul, e esforços estão em andamento em muitos deles para proteger essas áreas úmidas vitais na batalha contra a mudança climática.
Por meio da fotossíntese, as plantas e algas marinhas extraem dióxido de carbono da atmosfera ao longo de seu ciclo de crescimento.
Quando morrem, o material orgânico precipita no fundo do oceano e fica embutido no solo, onde pode permanecer inalterado por milênios.
Mais de dois terços do carbono da Terra circula no oceano, e os oceanos absorvem cerca de 25% das emissões anuais de dióxido de carbono do mundo.
Embora os ecossistemas costeiros constituam menos de 2% da área total do oceano, eles respondem por “aproximadamente metade do carbono total sequestrado nos sedimentos do oceano”.
Esses ambientes armazenam mais carbono por área do que as florestas terrestres e a uma taxa três a cinco vezes mais rápida – o equivalente a um bilhão de barris de petróleo por ano.
Solos úmidos retêm mais carbono porque têm baixos níveis de oxigênio, o que diminui a taxa de decomposição. É também por isso que o carbono aprisionado nos solos costeiros pode permanecer lá por milhares de anos.