Economia

Atraso na vacinação poderá impactar economia

Insegurança e medidas de isolamento podeão afetar o consumo

O alto número de casos registrados de Covid-19 e a vacinação tardia, leva os especialistas a acreditarem que a retomada da economia em 2021 ainda poderá ser lenta. Isso porque um calendário de vacinação ainda não se concretizou no país até agora.

Por outro lado, se houver um calendário para o segundo semestre de 2021 o mercado poderá reagir, diante do possível aumento do consumo, o que pode impactar também no oferecimento de vagas de trabalho.

Ainda um relatório da Credit Suisse, divulgado na última terça-feira (29), destaca que aumento de casos e mortes por Covid-19 pode prejudicar a economia brasileira. Até Desde o início da pandemia até agora, o país já registrou  quase 194 mil óbitos e 7,619 milhões de casos da doença.

No total  1.224 mortes devido ao Covid-19 foram registradas em 24h, de acordo com últimos dados divulgados.

Vacina: imunidade de rebanho

De acordo com a Credit Suisse, banco suiço de investimentos, o Brasil só alcançara imunidade de rebanho, ou seja, pelo menos 70% da população imunizada, somente no quarto semestre do ano que vem. Fato que só se concretizaria se o governo conseguir adquirir as vacinas produzidas pelos laboratórios Sinovac (Intituto Butantan), AstraZeneca (Fiocruz) e Pfizer (BioNTech).

Foram simuladas o comportamento da vacinação em três cenários de disseminação do Covid-19:

  • Manutenção da média diária de casos (35 mil)
  • Queda dos números de casos pela metade (18 mil)
  • Dobro da média registrada (70 mil)

Em todas as três hipóteses, a imunidade de rebanho só chegaria a ser atingida no último trimestre de 2021.

A simulação ainda apontou que as vacinas das três empresas seriam suficientes para imunizar um total de 64,2% da população.

Retomada lenta

O fim do auxílio emergencial, a falta de calendário da vacinação concreto e uma retomada tímida do mercado de trabalho, foram fatores que resultou na análise do Banco Inter: “um começo de ano mais fraco para a atividade”.

As informações foram passadas ao Valor pela economista-chefe, Rafaela Vitória. “Uma retomada do emprego mais robusta deve começar quando a vacinação estiver mais avançada”, pontuou.

A projeção também seria de que o Produto Interno Bruto (PIB) não deve apresentar crescimento no primeiro trimestre se comparado ao trimestre anterior. Já na comparação de janeiro a março de 2021, ao mesmo período de 2020, o PIB poderia recuar 0,50%.