Da mesma forma que existem notas raras que possuem grande valor no mercado dos colecionadores, também há moedas escassas. Elas são capazes de render uma quantia considerável. Lembra daquela moedinha de prata que foi guardada em 1998 e nunca vendeu por conta de um detalhe engraçado? Ela pode possuir um valor inimaginável.
No entanto, não se iluda. Nem todas as moedas que são raras vem do período do Brasil Colônia. Certas unidades do começo da circulação do Real no país podem ser ainda mais valiosas. Essa foi a afirmação de Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira, durante uma entrevista.
O valor de uma moeda não é determinado pela sua idade, mas, sim, pela quantidade de unidades produzidas em um ano específico e pelo seu estado da conservação. Além do mais, assim como ocorre com as notas raras, as moedas que possuem erros no molde podem valer uma verdadeira fortuna. E não podemos esquecer das moedas comemorativas em edições especiais, que também possuem um alto valor de mercado.
A moeda de 50 centavos sem a presença do zero foi produzida devido a um erro durante o processo de fabricação da Casa da Moeda em 2012. Essa peculiaridade confere a ela o título de extremamente rara. Entre os entusiastas de colecionismo, seu valor pode variar de R$ 1.500 a R$ 1.800.
No âmbito do Plano Numismático para a Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem à Food and Agriculture Organization (FAO – “Organização para Alimentação e Agricultura” na tradução livre), foram emitidas moedas comemorativas em diversos países.
No Brasil, ocorreram três emissões dessas moedas: em 1975, 1985 e 1995. Os exemplares apresentavam símbolos representativos da agricultura nacional, tal como café, cana-de-açúcar e soja.
Entre quem coleciona, a moeda de 25 centavos de 1995 pode ser valorizada entre R$ 20 e R$ 35, enquanto a de 10 centavos do mesmo ano pode alcançar um valor maior, entre R$ 60 e R$ 85.
Em 1998, o Banco Central do Brasil e a Casa da Moeda do Brasil emitiram uma moeda de R$ 1 em comemoração aos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada na Assembleia Geral da ONU. Atualmente, essa peça pode valer de R$ 200 a R$ 330 no mercado de colecionadores.
Existem peças com o reverso invertido, ou seja, quando viramos a moeda, o outro lado exibe a imagem com a mesma orientação. No entanto, algumas moedas apresentam essa inversão, onde a face possui uma orientação contrária à coroa.
Esse erro transforma a peça em um objeto de grande raridade, com um valor que pode variar entre R$ 200 e R$ 800, dependendo do valor e do ano em que a moeda foi cunhada.
Há uma nota de R$ 50 que se tornou bastante valiosa. Trata-se de uma cédula impressa em 1994, durante o período do Plano Real, e devido a um erro do Banco Central, não possui a expressão “Deus seja louvado”. Por consequência, essas notas se tornaram extremamente raras.
Além disso, há mais uma peculiaridade: o então Ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, ocupou o cargo por apenas alguns meses. Portanto, sua assinatura nas notas também é excepcionalmente rara, o que aumenta o valor do item para os colecionadores.
Caso você possua uma nota antiga de R$ 50 em casa, verifique se ela faz parte de alguma dessas séries:
Então, quanto à venda de notas e moedas raras, a forma mais prática e rápida é através de plataformas como OLX ou Mercado Livre. No entanto, nem sempre você obterá o melhor preço. Uma dica é aprofundar-se no assunto por meio de instituições como a Sociedade Numismática Brasileira e o Clube da Moeda, da Casa da Moeda do Brasil.
Desse modo, você terá contato direto com especialistas numismatas, adquirirá um melhor conhecimento sobre o mercado e poderá obter preços mais vantajosos.