A Petrobras anunciou que irá aumentar o preço médio da gasolina A, vendida para as distribuidoras. Sendo assim, a gasolina irá passar de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, ou seja, o combustível ficará R$ 0,23 mais caro a cada litro para as distribuidoras.
A Petrobras liberou uma nota explicando a situação. Segundo a empresa: “Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba”.
Esse aumento da gasolina vem após uma queda nos preços do combustível, que ocorreu no dia 7 de dezembro de 2022. Na ocasião, o preço médio da gasolina A repassado da Petrobras para as distribuidoras caiu de R$ 3,28 para R$ 3,08.
Na nota divulgada, a Petrobras justificou a alta no preço da gasolina. Segundo a empresa, esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência, e também é coerente com as práticas da companhia.
O aumento “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, afirmou.
O aumento do preço da gasolina que ocorrerá nesta semana é da Petrobras para as distribuidoras. No entanto, até chegar ao consumidor o preço da gasolina é influenciado também por outros fatores.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço da gasolina comum comercializada em postos de combustíveis é composto por cinco itens. Confira a seguir:
Preço do produtor (refinarias da Petrobras);
Preço do etanol, pois a gasolina é misturada com esse combustível;
Tributos Federais;
Imposto estadual- IMCS;
Distribuição, transporte e revenda.
Dessa forma, é possível concluir que o aumento de R$ 0,23 por litro, da Petrobras para as distribuidoras, não será o aumento real que vai chegar ao consumidor final da gasolina.
A Petrobras está passando por mudanças em sua gestão. Nesse sentido, o Senador Jean Paul Prates deve ser oficializado como presidente interino da companhia.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicou Prates para a presidência da Petrobras no dia 3 de janeiro. Prates também foi confirmado em ofício do Ministério das Minas e Energia no dia 12.
Além disso, de acordo com o processo normal, o político deveria assumir a Petrobras apenas no fim de março. No entanto, o novo Governo fez algumas articulações para acelerar o processo.
A nova gestão da Petrobras também precisa criar uma nova política de preços para a gasolina e outros combustíveis o mais rápido possível. Isso porque, no começo de janeiro, o governo Lula prorrogou a desoneração dos impostos sobre combustíveis, com intuito de dar um tempo para a nova gestão da empresa se instalar e criar essa política de preços.