Certamente você já ouvi falar na lei da oferta e demanda. Trata-se de uma máxima dentro da economia de que um produto vai acabar se tornando mais caro quando ele é mais escasso. Essa é uma regra que também pode ser vista dentro do mundo da numismática.
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, uma moeda pode ser considerada rara com mais propriedade caso ela conte com uma tiragem relativamente baixa. Quanto menos peças estão postas em circulação, maior será o valor de revenda
Nesse sentido, três moedas de 10 centavos começam a chamar a atenção de colecionadores. Estamos falando especificamente das peças que foram produzidas nos anos de 1998, 1999 e 2000.
Quando comparamos a tiragem dessas moedas com peças de outros anos, podemos notar que elas contaram com quantidades de produção relativamente baixas. A peça de 1999, por exemplo, contou com apenas 9 milhões de exemplares.
Para ajudar no processo de identificação, vamos listar abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.
De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.
Mas afinal de contas, quanto valem as moedas de 10 centavos dos anos de 1998,1999 e 2000? De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, essas peças podem chegar a ser vendidas por até R$ 350.
Tudo vai depender necessariamente do grau de conservação de cada um desses exemplares. Veja na imagem abaixo:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.