A cada dia que passa, mais e mais brasileiros aderem às plataformas de streaming, seja pela comodidade de assistir apenas aos conteúdos desejados, a qualquer momento, ou por outros motivos. Nesse contexto, uma pesquisa realizada pela Comscore revelou que a Netflix continua sendo a plataforma mais utilizada no Brasil, apesar das constantes mudanças e dos altos preços.
Os dados da pesquisa, que englobam o período de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023, mostram que a Netflix registra em média 50 milhões de visitantes únicos por mês exclusivamente no país. Esse número é significativamente maior do que a média alcançada pelo segundo colocado, a Globoplay, que pertence à Rede Globo de Televisão, com pouco mais de 18 milhões de visitantes únicos. Em terceiro lugar está a Amazon Prime Video, que soma um pouco mais de 14 milhões.
É importante ressaltar que a Netflix enfrenta uma controvérsia no Brasil atualmente. Isso porque passou a cobrar uma taxa mensal adicional de R$ 12,90 pelo compartilhamento de contas entre pessoas que moram em residências diferentes. No entanto, devido à sua superioridade em relação à concorrência, é improvável que a marca perca sua posição de liderança no país, mesmo que possa perder assinantes devido a essa medida.
No que diz respeito ao envolvimento, a empresa ocupa uma posição de destaque incontestável. Isso ocorre porque os clientes da marca dedicam uma média de 304,6 minutos por mês ao streaming. Enquanto isso, a Globoplay registra uma média de 111,4 minutos e a Prime Vídeo de 46,2 minutos.
Por outro lado, quando se trata de streaming de áudio, seja música ou podcasts, é o Spotify que se destaca como líder no Brasil. Ao todo, há 38,6 milhões de usuários únicos por mês. Cada um deles gasta, em média, 13h26min consumindo conteúdo na plataforma.
A Netflix implementou restrições ao compartilhamento gratuito das senhas, o que gerou bastante controvérsia. Isso se deve ao fato de que os usuários se mostram indignados com o preço, pois a assinatura permite o uso de várias telas simultaneamente.
Diante dessa situação, os assinantes estão buscando formas de contornar o sistema, continuando a compartilhar suas contas. É importante lembrar que as regras de utilização da plataforma estão em vigor em 103 países, que inclui EUA e Brasil.
A cobrança da taxa por um ponto extra entrou em vigor no Brasil em 23 de maio. Desde então, os logins adicionais têm um custo mensal de R$ 12,90. Em resumo, esse valor é adicionado à mensalidade, que varia de R$ 18,90 a R$ 55,90, dependendo do plano. Todavia, os usuários estão procurando alternativas para evitar a taxação de pontos adicionais.
O “aspecto central” é a televisão utilizada, seja uma smartTV ou um dispositivo de streaming como Amazon Fire Stick ou AppleTV. Portanto, a proposta é não limitar o uso da Netflix a um aparelho, permitindo que os usuários desfrutem do streaming em dispositivos portáteis, como laptops, telefones ou tablets.
Nesses casos, se for assistir TV, é necessário espelhar uma tela ou mesmo usar o cabo HDMI. Essa ação possibilita a experiência de assistir em uma tela maior, sem taxas adicionais.
A Netflix utiliza um endereço IP, assim como a rede Wi-Fi como critério para definir a residência do usuário. Portanto, sempre que alguém tenta logar novamente, a plataforma manda o código para verificação.
Tal código pode ser enviado por e-mail ou SMS para o titular. Os usuários sugerem cadastrar contatos de amigos e familiares que também utilizam a plataforma para receber o código.
Outra maneira de compartilhar senhas é logar na Netflix utilizando o Wi-Fi do titular. Dessa forma, o laptop, telefone ou tablet permanece conectado, o que permite que usuários assistam ao streaming onde estiverem.
A controvérsia em torno das novas cobranças pela Netflix parece estar longe de ter um fim. O Procon, que é o órgão de proteção ao consumidor, fez uma notificação à plataforma após receber várias reclamações dos usuários.
Por fim, o Procon ressalta que deseja entender se a empresa está adotando novos critérios de cobrança e maneiras de acesso ao serviço. O objetivo é analisar se há violações do Código de Defesa do Consumidor.