O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou na noite deste domingo, dia 21 de novembro, que “não houve interferência do governo” na montagem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.
A declaração foi feita em coletiva de imprensa realizada hoje pelo Inep após o primeiro dia de aplicação de provas o Enem 2021.
Ao ser questionado por jornalistas sobre uma possível interferência do governo na escolha das questões, Ribeiro disse que “Se tivesse interferência pode ser, dizendo hipoteticamente, que algumas perguntas não estivessem lá”. O ministro não especificou quais seriam as questões, mas disse que há questões “que numa visão mais conservadora, são mais caras ao nosso governo”.
Os questionamentos sobre uma possível interferência no Enem 2021 surgiram após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que as questões do exame estavam começando a ter “a cara do governo”. Além disso, diversas denúncias de servidores apontaram supostas interferências na prova.
Ribeiro já havia negado anteriormente qualquer interferência. Segundo ele, o Enem teria a “cara do governo no sentido de competência, honestidade, seriedade”.
De acordo com o presidente do Inep, o Enem registrou 26% de abstenção neste primeiro dia de provas. O ministro da Educação afirmou que o “mais importante não é o número de inscritos, mas de quem realmente veio fazer a prova”.
O Enem 2021 recebeu 3.109.762 inscrições para a prova impressa, enquanto o Enem digital recebeu 68.891 inscrições. O número de inscritos desta edição foi o menor registrado em mais de uma década.
No próximo domingo, dia 28 de novembro, os estudantes farão as provas de matemática e de ciências da natureza. Hoje (21), as provas aplicadas foram as de linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas, além da prova de redação.
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Leia Inep registrou 26% de abstenção no primeiro dia de provas do Enem 2021.