Em meio às preocupações com a administração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua desaprovação em relação aos responsáveis pelo órgão.
Pressionado pela insatisfação da população e alinhado com os clamores por mudanças, o próprio presidente do país também passou a cobrar medidas efetivas do INSS.
Assim, em resposta a essa situação crítica, foram anunciadas diversas alterações no sistema de benefícios previdenciários.
O foco das mudanças concentrou-se em resolver a problemática da longa fila de espera por atendimento, que vinha prejudicando inúmeras pessoas que dependiam dos serviços do instituto.
Além disso, veio à tona uma revelação preocupante: o presidente interino do INSS, Glauco Fonseca Wamburg, estava fazendo uso indevido de recursos públicos, direcionando-os para suas viagens pessoais.
Essa conduta antiética e inaceitável, somada às críticas públicas do presidente Lula, provocou uma troca no comando do Instituto.
Dessa forma, no início de julho, Alessandro Antônio Stefanutto assumiu a presidência do INSS, trazendo consigo uma série de mudanças. Uma das medidas importantes implementadas sob sua gestão foi a criação do “Portal da Transparência Previdenciária”.
Enfim, quer entender muito mais sobre as mudanças que serão implementadas, além de outras informações relacionadas? Nos acompanhe nesse texto.
Para que você entenda a demanda urgente por melhorias no sistema do INSS, é importante conferir alguns dados divulgados pelo portal recém criado.
Assim, de acordo com as informações disponibilizadas, atualmente existem 1,79 milhão de solicitações de benefícios e perícia médica que aguardam análise por parte do INSS.
Esse número representa uma situação preocupante, pois evidencia um considerável acúmulo de processos por trás da burocracia governamental.
Dentro desse contingente, cerca de 64% dos pedidos já se encontram na fila de espera há mais de 45 dias, o que é uma espera consideravelmente longa para os requerentes.
Adicionalmente, dentre esses casos, aproximadamente 24% esperam por análise no período entre 45 a 90 dias, 27% aguardam por um período que varia entre três e seis meses. Outros 11% enfrentam a espera de seis meses a um ano inteiro, e ainda 2% estão há mais de um ano aguardando uma resposta.
É importante destacar que tais atrasos podem gerar consequências significativas para os cidadãos que necessitam de apoio previdenciário.
Afinal, podem agravar suas condições de saúde e financeiras. Da mesma forma, gera um acúmulo de processos que sobrecarrega o sistema previdenciário como um todo.
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Diante desse cenário, fica claro a urgência de medidas efetivas para diminuir a fila de espera, bem como, enfrentar outros desafios associados ao Instituto.
Com isso, o atual presidente do INSS implementou algumas mudanças. Inclusive, já foram devidamente regulamentadas por meio de portarias emitidas pelo Ministério da Previdência Social. As principais mudanças já em vigor são as seguintes:
Além disso, em busca de fortalecer a equipe de peritos do INSS e suprir a demanda existente, foi anunciada a abertura de um concurso público específico para contratação de novos profissionais especializados em perícia médica.
Por fim, Stefanutto informa que estão ocorrendo outras mudanças para cumprir a promessa do ministro Carlos Lupi. O objetivo é garantir que os pedidos previdenciários sejam respondidos em até 45 dias, até o final deste ano, 2023.