O Pix, sistema de transferências bancárias instantâneas, foi lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, e completa três anos neste mês. A ferramenta revolucionou os meios de pagamento no Brasil, e já conta com mais de 650,7 milhões de chaves cadastradas e 153 milhões de usuários. Isso demonstra que existem mais usuários do sistema do que pessoas economicamente ativas no Brasil, que atualmente estão em 97 milhões.
O crescimento do Pix foi muito rápido, devido a sua praticidade e gratuidade no envio de dinheiro. Nesse sentido, no mesmo mês em que foi lançado o sistema já ultrapassou as transações feitas com DOC, e logo em seguida também ultrapassou o TED, em janeiro de 2021.
Ao longo dos anos, o Pix também ultrapassou os pagamentos feitos com boletos, as operações com cartão de débito e, por fim, em fevereiro de 2022 superou os pagamentos com cartão de crédito. Com isso, a ferramenta tornou-se o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.
Segundo dados do Banco Central, o Pix cresceu mais de 220% no volume de transações apenas no ano passado. Dessa forma, o sistema foi responsável por 15% de todas as movimentações de dinheiro que ocorrem em tempo real no mundo.
Com o grande crescimento do Pix nos últimos anos, o Banco Central já criou diversas outras funcionalidades para a ferramenta. Confira a seguir algumas delas:
Além dessas funções que já existem, o Banco Central anunciou que no futuro o Pix poderá ser utilizado para o pagamento de pedágios, estacionamentos e transporte público, sem a utilização de internet. Além disso, a ferramenta também poderá ser usada para transações internacionais.
Por fim, o Pix Automático, que permitirá pagamentos recorrentes de serviços e contas, como água, luz e streaming, tem seu lançamento previsto pelo Banco Central para outubro de 2024.
Apesar do grande sucesso do Pix, 92% dos usuários são pessoas físicas, o que demonstra uma baixa adesão da ferramenta por parte das empresas. Além disso, a maior parte da utilização pelas empresas ocorre por quem é MEI (Microempreendedor Individual), demonstrando que as pequenas e médias empresas ainda continuam utilizando o TED, boleto e máquinas de cartão.
Outro desafio com o Pix é a segurança. Segundo dados da Febraban, é estimado que as instituições invistam cerca de R$ 3 bilhões em proteção, em segurança interna e de rede. Os bancos também estão investindo em campanhas para conscientizar os seus clientes, tentando evitar que eles caiam em golpes e fraudes envolvendo a ferramenta.