Entre os efeitos da pandemia na educação está o aumento no estimulo e na demanda do ensino EaD, contudo, as pesquisas indicam também o aumento na inadimplência.
Em março deste ano as aulas presenciais foram suspensas em todo o território brasileiro, como medida de contenção do curva de contágio do coronavírus. Pela falta de perspectiva para o fim do cenário de pandemia, muitos estudantes do Ensino Superior trancaram as matrículas ou desistiram de continuar os cursos.
Por esse motivo, a procura por cursos à distância aumentou significativamente. O ensino EaD se tornou a melhor opção para os estudantes que buscam um diploma de graduação ou especialização mesmo durante o período de isolamento social.
Desse modo, o Ensino Superior EaD foi impulsionado. Contudo, conforme dados revelados pela pesquisa Cenário Econômico Atual das Instituições de Ensino Superior Privadas, divulgada pelo Semesp, no Ensino Superior a inadimplência cresceu 51% no mês de maio de 2020 se comparada a maio de 2019.
A pesquisa mostrou ainda que, em abril deste ano, a inadimplência foi maior nos cursos presenciais, mas afetou também os cursos EaD.
No entanto, os impactos são menos sentidos pelos cursos EaD por conta do aumento no número de matrículas. Além disso, por conta do seu formato, esses cursos têm conseguido lidar melhor com o contexto da pandemia, mesmo no caso dos cursos semipresenciais.
Segundo a Gazeta do Povo, algumas das instituições particulares ouvidas pelo jornal, como Cruzeiro do Sul e Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, já contavam com a modalidade de Educação a Distância e, por esse motivo, tiveram mais facilidade para se adequarem à realidade do ensino com o afastamento social.
Essas instituições alegaram também que foi necessário realizar a ampliação dos cursos EaD para que fosse possível atender à nova demanda.
O ensino remoto foi a única alternativa possível para a continuidade dos estudos de milhares de alunos, o que fez com que muitos estudantes que tinham receio de optar por essa modalidade de cursos a experimentasse.
Nesse sentido, Mary Murashima, diretora de gestão acadêmica do FGV IDE (Instituto de Desenvolvimento Educacional), acredita que o ensino a distância será encarado de uma nova maneira e sem preconceitos ao fim do cenário de pandemia.
As informações são do jornal Gazeta do Povo.
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