Segundo a última edição da Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps, pesquisa realizada por pelo site de notícias Mobile Time e a empresa de pesquisas Opinion Box, 44% dos entrevistados trocariam o acesso gratuito a um aplicativo pago por consumo de propaganda. Ao mesmo tempo, apenas 20% cogitam pagar para usar um app sem nenhuma propaganda ou coleta de dados.
LEIA MAIS: Telegram chega ao 4° lugar entre os apps mais populares dos brasileiros
A pesquisa mostra que apenas 21% dos brasileiros já pagaram por algum app. E 67% dos que nunca compraram um aplicativo justificam o comportamento com uma resposta simples e direta: nunca viram necessidade para fazê-lo.
O levantamento fez a seguinte pergunta: “De qual das maneiras abaixo você prefere acessar um app que seja útil e/ou ofereça conteúdo interessante para você?”. Foram apresentadas quatro opções de resposta: 1) De graça, mas com exibição de publicidade; 2) De graça, mas com meus dados pessoais sendo comercializados para terceiros; 3) Parcialmente de graça (alguns conteúdos/funcionalidades são abertos e outros requerem pagamento); e 4) Pagando, mas sem publicidade e com a garantia de que meus dados não serão comercializados para terceiros.
Como já dito acima, a forma preferida do brasileiro de acessar apps é em troca da exibição de publicidade, apontam 44% dos respondentes. O percentual é maior entre os mais velhos, com 50 anos ou mais de idade (51%), e menor entre os mais jovens, de 16 a 29 anos (38%) e entre aqueles com 30 a 49 anos (43%). E, ao contrário do que se poderia imaginar, usuários das classes A e B também apresentaram um percentual maior de preferência pelo modelo de publicidade (48%) do que aqueles das classes C, D e E (42%).
A segunda maneira mais popular é aquela que o mercado chama de “freemium”, em que o download é gratuito, mas certas funcionalidades ou conteúdos requerem pagamento, escolhida por 27% dos respondentes. Ela tem maior adesão entre os jovens de 16 a 29 anos (30%) que entre pessoas de 30 a 49 anos (27%) ou com 50 anos ou mais (22%).
Apenas 20% dos brasileiros com smartphone estão dispostos a pagar por um app, mesmo com a garantia de que não haverá publicidade nem coleta de seus dados pessoais. E somente 10% preferem acessar de graça em troca de seus dados pessoais.
Se o brasileiro não tem muito interesse em pagar para acessar um app, pagar um serviço já permite uma visão diferente. A proporção de brasileiros com smartphone que assinam um ou mais serviços de streaming de filmes e séries no Brasil deu um salto de 10 pontos percentuais em um ano, passando de 56% para 66%.
A recente chegada de diversos novos serviços desse tipo ao País e as parcerias de distribuição fechadas com empresas de setores variados, como operadoras de telecom e bancos, ajuda a explicar o crescimento desse serviço.
Entre aqueles que pagam por esse tipo de serviço, 38% assinam apenas um, enquanto 62% assinam dois ou mais. O Netflix continua sendo o líder incontestável desse segmento, sendo assinado por 81% dos usuários. Em seguida vêm Amazon Prime Video (43%), Disney+ (21%), Globoplay (19%) e HBO Max (18%).
A assinatura de serviços de streaming de música também tem crescido no Brasil. Houve um aumento de cinco pontos percentuais em um ano na proporção de brasileiros com smartphone que pagam por esse serviço, subindo de 33% para 38%. Vale lembrar que, ao contrário dos serviços de filmes e séries, no caso de música a maioria dos apps disponibiliza a opção de acesso gratuito em troca de exposição a publicidade, o que explica a diferença no percentual de assinantes entre os dois tipos de Streaming.
Os quatro apps de streaming de música preferidos dos brasileiros que pagam por esse serviço são Spotify (59%), Deezer (14%), Amazon Music (9%) e YouTube Music (8%).
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line entre 13 e 23 de abril de 2022 por Opinion Box junto a 2.041 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.