Economia

Antes de IBGE ser divulgado, Guedes afirma que PIB deve ser de menos de 4%

Ministro também afirmou que o governo "fez muita coisa com espírito federalista de descentralizar recursos" durante 2020

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou nesta terça-feira (02) que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode ter fechado 2020 em menos de 4%. O resultado oficial do PIB do país será revelado nesta quarta-feira (03). Para 2021, Guedes fez a estimativa de crescimento de 3% ou 3,5%.

A declaração de Guedes foi dada no programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan. O ministro também afirmou que o governo “fez muita coisa com espírito federalista de descentralizar recursos” durante 2020. Ele disse que o governo foi alvo de críticas por não ter meta de déficit, que foi suspensa ano passado por causa da pandemia do novo coronavírus, mas alegou que “seria tolice elevar impostos em meio à depressão”. Guedes relembrou os impostos que o governo diferiu para ajudar empresas.

Guedes também fez defesa às medidas que descarimbam dinheiro no Orçamento. “Não quer dizer que vai dar menos que inflação. Pode dar mais, pode dar menos”, afirmou. O ministro alegou que a educação do país fica protegida se houver ação política e falou sobre o governo ter mais que dobrado recursos do Fundeb, fundo que financia a educação básica.

Guedes defendeu ainda que o Orçamento do Brasil é “engessado” e que os políticos não podem ser chamados de omissos, acomodados e alienados. O ministro também afirmou que o governo não pretende elevar imposto e que, em vez disso, preferem vender “duas, três quatro estatais e derrubar a relação dívida PIB”.

“Não somos geração de covardes que fazem guerra e jogam conta para filhos e netos. Podemos substituir impostos, derruba um aqui aumenta outro ali, mas sempre simplificando. Não conte conosco para imposto sobre fortuna, alíquota extra aqui ou ali, aumento na alíquota do Imposto de Renda”, disse ele.

O ministro afirmou que o intuito do governo é simplificar impostos e acabar com o “manicômio tributário”. “Tem hoje bilionário no Brasil que paga zero de tributo em dividendos”, explicou.