A alienação parental é um tema que merece atenção e que deve ser discutido com maior recorrência, a fim de impedir que este crime afete a saúde mental das crianças filhas de pais divorciados.
Isso porque um estudo apresentado pelo IBGE aponta que o número de divórcios no Brasil saltou de 130,5 mil para 341,1 entre os anos de 2004 e 2014.
Dentre estes casais que decidem separar, muitos possuem filhos e o processo de alienação parental pode vir a acontecer, mesmo que de maneira sutil.
O problema surge quando esta prática acaba impactando a saúde mental da criança, que passa a enxergar o seu genitor de maneira negativa, desejando inclusive o mantimento de distância.
A alienação parental pode ser entendida como a interferência que um genitor ou responsável (avó ou outra pessoa que tenha a guarda da criança) provoca na formação da criança ou do adolescente com o intuito de causar prejuízos no relacionamento com o outro genitor (aquele que não tem a guarda, ou então, que passa menos tempo com a criança).
Este tipo de alienação pode acontecer de diversas maneiras, e como citamos, ela pode ser sutil ou até mesmo extremamente explícita. Algumas características que podemos apontar são:
Para identificar a situação é possível se atentar para alguns sinais importantes:
Uma criança ou adolescente que se desenvolve em um lar onde a alienação parental acontece, poderá no futuro ter dificuldades para montar a sua própria família.
A sua confiança em outras pessoas também fica fragilizada, além de que a depressão pode aparecer a partir do momento em que o sujeito se dá conta da manipulação que sofreu.
Outro impacto intenso é a diminuição da autoestima e autoconfiança, tendo em vista que o adolescente ou a criança, no futuro, sentirá que não possui capacidade crítica suficiente para lidar com as situações, se sentindo frágil e facilmente manipulado.
Por conta destes fatores que a alienação deve ser denunciada, a fim de evitar todo este desgaste na saúde mental de crianças e adolescentes. Alienação parental é crime!
Além de haver a denúncia judicial, é preciso que a criança tenha acompanhamento psicológico a fim de organizar as suas ideias e anseios. Tudo estará bagunçado em sua mente, e ela precisa de uma escuta qualificada para conseguir estabelecer a sua saúde mental e o seu equilíbrio novamente.