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ALERTA: USO EXCESSIVO de corante na onda de “Barbie” pode prejudicar sua saúde

Nos últimos tempos, tem havido um aumento significativo no uso de corantes, principalmente artificiais, em diversos alimentos, desde sobremesas tradicionais, como bolos e doces, até tapiocas, sushis e até biscoitos para pets.

Essa tendência, conhecida como “barbiecore“, está cada vez mais presente nos cardápios de estabelecimentos na região de Campinas (SP). No entanto, é importante questionar se o uso excessivo desses corantes pode prejudicar a saúde.

Conversamos com o professor e pesquisador de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, Maurício Rostagno, que nos explicou as preocupações em relação a essa substância. Vamos explorar os riscos do uso excessivo de corantes artificiais, os malefícios à saúde e as alternativas mais saudáveis e seguras para colorir os alimentos.

O Problema do Corante

O grande problema relacionado ao uso excessivo de corantes é a exposição frequente e acima dos níveis seguros. Embora a exposição aguda a esses corantes artificiais possa causar reações alérgicas, o consumo frequente e acima dos limites recomendados pode levar a doenças sérias, como câncer e hiperatividade.

Estudos já indicaram que alguns corantes artificiais podem ser cancerígenos e estar relacionados ao desenvolvimento de alergias e hiperatividade. Atualmente, o corante mais utilizado para dar o tom “Barbie” aos alimentos é a eritrosina, um corante rosa-cereja produzido a partir de uma reação química derivada de um sal sódico.

ALERTA: USO EXCESSIVO de corante na onda de “Barbie” pode prejudicar sua saúde – Imagem: iStock

Circunstâncias em que o Corante Faz Mal

Os malefícios à saúde dependem de diversos fatores, mas principalmente da dosagem e da frequência de consumo. A Ingestão Diária Aceitável (IDA), estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), determina a quantidade segura de uma substância que se pode consumir todos os dias ao longo da vida.

A eritrosina, por exemplo, possui uma IDA de 0,1 mg por quilo de peso corporal. Isso significa que uma pessoa de 60 kg pode consumir até 6 mg desse corante ao longo de toda a vida, sem apresentar problemas de saúde. No entanto, ultrapassar essa quantidade é bastante fácil, principalmente em preparações caseiras.

Alternativas Mais Saudáveis

Diante dos riscos associados ao uso excessivo de corantes artificiais, é importante buscar alternativas mais saudáveis e seguras para colorir os alimentos. Os corantes naturais surgem como a melhor opção nesse sentido. Além de serem mais saudáveis, eles não afetam nem poluem o meio ambiente, como ocorre com os corantes sintéticos.

Um exemplo de corante natural é o carmim cochonilha, obtido a partir de um inseto e utilizado em diversas indústrias, inclusive em maquiagens. Além disso, pesquisas estão sendo realizadas para desenvolver outros corantes naturais, como a partir da casca de uva e jabuticaba, para substituir os corantes sintéticos preocupantes.

Desafios dos Corantes Naturais

Apesar de serem uma opção mais saudável, os corantes naturais apresentam desafios em relação à estabilidade do produto e à duração da cor. Diferentemente dos corantes sintéticos, que são estáveis e requerem apenas pequenas quantidades para obter o efeito desejado, os corantes naturais tendem a perder a cor mais facilmente.

No entanto, os corantes naturais são considerados mais seguros do que os artificiais e podem ser utilizados em quantidades mais altas. Portanto, embora seja um desafio substituir completamente os corantes sintéticos, é possível encontrar soluções para garantir a estabilidade e longevidade dos corantes naturais.

Conclusão

O uso excessivo de corantes artificiais, principalmente na tendência “barbiecore“, pode representar riscos para a saúde. Estudos indicam que esses corantes podem ser cancerígenos e estar relacionados a alergias e hiperatividade. É importante consumir corantes dentro dos limites seguros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.

Para evitar esses riscos, é recomendado buscar alternativas mais saudáveis, como os corantes naturais. Embora apresentem desafios em relação à estabilidade e durabilidade da cor, os corantes naturais são considerados mais seguros e podem ser utilizados em quantidades mais altas. É fundamental que os consumidores estejam cientes dos riscos e façam escolhas conscientes em relação aos alimentos que consomem.

Lembre-se sempre de priorizar a sua saúde e bem-estar ao escolher os alimentos. Opte por opções mais saudáveis e naturais, reduzindo o consumo de corantes artificiais sempre que possível.