É quase impossível comprar online sem usar seu cartão de crédito ou débito e, consequentemente, ficar exposto a possíveis fraudes. O golpe com cartão de crédito, por incrível que pareça, está se tornando algo corriqueiro, gerando milhares de reais em prejuízos para os cidadãos.
Na matéria desta quarta-feira (19) do Notícias Concursos, discutiremos como se proteger na vida real e online. Ademais, saiba o que observar à medida que os fraudadores se tornam cada vez mais sofisticados em relação ao golpe com cartão de crédito.
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Esse já foi um dos métodos mais comuns de roubar as informações do cartão de alguém. Essencialmente, quando seu cartão é entregue, o garçom, barman ou caixa o passa por um leitor oculto que registra os detalhes. Ele também lê o código CVV impresso na faixa de assinatura do cartão para que possa casar com os dados recém-colhidos.
Esses dados são, então, usados para fazer um clone do cartão que pode ser usado em caixas eletrônicos ou leitores em todo o mundo. Esses clones podem até ser apenas cartões de plástico em branco com uma tarja magnética, uma vez que são usados apenas para extrair dinheiro até que o verdadeiro proprietário cancele o cartão.
Há um limite para o quanto pode ser feito com um cartão clonado e muitos golpistas simplesmente vendem os dados coletados. Quem compra, gasta uma pequena quantia, o que somando dá milhares de reais, dependendo de quantos cartões ativos eles tinham e quantos caixas eletrônicos eles estavam dispostos a atacar.
Naturalmente, a ganância tende a superar a inteligência. À medida que os dados se espalham e mais clones existem, os proprietários enganados desses cartões os cancelam rapidamente. Mas, se uma gangue organizada administrar seus cartões roubados com cuidado, as vítimas podem nunca notar R$ 20,00 ou mesmo R$ 50,00 aparecendo na fatura. Então, o cartão pode permanecer “bom” – desde que não seja compartilhado com pessoas menos disciplinadas.
O golpe em caixas eletrônicos também exige uma senha, e há muitas maneiras engenhosas de roubar essa informação. Por exemplo, um pequeno teclado adicional colocado sobre o original faz com que os clientes insiram a senha para aprovação da transação. Na verdade, esse teclado não serviu para nada no processo. Só foi necessário para roubar e registrar os números.
Um método clássico de esconder o roubo é simplesmente colocar uma máquina no bolso e se aproximar do cartão. Se for por aproximação, as chances de o golpe dar certo são grandes. Há leitores que ficam escondidos em cintos, aventais, mas uma versão muito engenhosa é a de esconder no guardanapo em um bar.
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Uma vez declarada a “defesa definitiva” contra golpistas, a tecnologia do Chip e da senha foi rapidamente derrotada pelos bandidos. Desde então, outros métodos para contornar esse sistema foram descobertos.
Mas, o mais simples é alegar que o chip não pode ser lido como desculpa para voltar a passar a tarja do cartão no leitor magnético da máquina. Como alguns cartões funcionam sem o chip e a senha, essa é uma falha óbvia no sistema.
Há maquininhas hackeadas para gravar a senha do usuário e as informações da tarja magnética. Assim, torna o processo mais fácil para o golpista, parecendo mais “natural” para a vítima.
Chips podem ser copiados, mas não é fácil de fazer, e longe de ser prático. Mas, mesmo assim, todo o cuidado é pouco.
Uma maneira extremamente simples de roubar dinheiro de cartões com chip é roubar o cartão e a senha ao mesmo tempo. Um exemplo é uma armadilha nos caixas eletrônicos usada para prender um cartão, junto com uma pequena câmera que grava a senha.
O cartão até certo ponto funciona bem no caixa eletrônico e o dinheiro é até sacado pelo proprietário. Contudo, depois disso, o cartão fica preso dentro do leitor, não sendo ejetado. Isso força a vítima frustrada a abandonar a máquina com seu cartão dentro.
Em seguida, os golpistas retiram a parte do leitor da máquina junto com o cartão, e a câmera escondida é recuperada. Normalmente, o cartão é usado para comprar o máximo possível de coisas ou retirar o máximo de quantia logo após o roubo.
A chave para um golpe como esse, que seja funcional, é o invólucro externo que se encaixa sobre o leitor para parecer parte da máquina. Se for bem feito, as vítimas podem nunca notar nada incomum. Da mesma forma, a câmera deve ser posicionada e escondida para que se misture perfeitamente. Dessa forma, tome sempre muito cuidado e preste atenção em cada detalhe quando for fazer compras ou sacar dinheiro para não cair no golpe do cartão de crédito.