Para Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, a Reforma Tributária é uma das questões centrais para a economia brasileira. Alckmin ainda pontuou que essa medida deve ser realizada logo no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A reforma tributária é central. Ela pode fazer o PIB (Produto Interno Bruto) crescer, ela pode trazer eficiência econômica, simplificando a questão tributária e entendo o que é essencial, inclusive para a indústria”, disse o vice-presidente nesta segunda-feira (16) durante uma reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para Geraldo Alckmin, o novo governo também pretende acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Essa modalidade de imposto incide sobre produtos nacionais e importados que passaram por algum processo de industrialização, seja ele de transformação, montagem, acondicionamento ou restauração.
Vale informar que desde julho de 2022 um decreto garantiu a redução de 35% no IPI sobre os produtos fabricados nacionalmente. Nessa perspectiva, o governo Lula deve manter a já aplicada, no entanto, a intenção é extinguir o tributo.
“A próxima meta é acabar com o IPI, e para acabar com o IPI é a reforma tributária. Tudo o que é PEC [Proposta de Emenda à Constituição], que demanda mudança constitucional, três quintos [dos votos], duas votações, tem que ser rápido. Tem que fazer no primeiro ano, aproveitar o embalo, a legitimidade do processo eleitoral, e avançar o máximo”, disse Geraldo Alckmin.
O vice-presidente ainda solicitou apoio aos empresários na elaboração de propostas para desburocratizar a economia brasileira. “Peço a vocês que nos mandem todas as propostas para desburocratizar”, disse.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ipec nesta segunda-feira (16), 55% dos brasileiros acreditam que o governo Lula será bom ou ótimo. Em contrapartida, 21% dos entrevistados afirmam que o governo deve ser ruim ou péssimo. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 a 10 de janeiro.
Segundo informações disponibilizadas pelo g1, os grupos que mais acreditam em um governo positivo durante os próximos quatro anos são os moradores do Nordeste (75%), cidadãos que cursaram até o ensino fundamental (65%) e indivíduos que ganham até 1 salário mínimo (62%).
Já o grupo de pessoas que acreditam que o governo Lula deve ser pior para o país nos próximos anos são os evangélicos (36%), trabalhadores que recebem mais de 5 salários mínimos (36%), moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (34%).
Durante a reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin afirmou que apesar das dificuldades em avançar com uma possível Reforma Tributária, existe um consenso em diminuir a complexidade no atual sistema. “Acho que a reforma tributária não é nem de governo nem de oposição, é do país. É senso comum que precisamos sair do cipoal tributário, é um verdadeiro manicômio tributário”, disse Alckmin a jornalistas.
Para o vice-presidente, mudanças no atual sistema devem trazer ganhos para as empresas, auxiliando no crescimento econômico brasileiro. “Já foi debatida, discutida, está bastante madura”, disse Alckmin sobre a Reforma Tributária.