A inflação no Brasil continua em alta, com um aumento de 0,23% em agosto, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa aceleração no aumento dos preços dos produtos e serviços consumidos pelos brasileiros tem impactado diretamente o bolso de todos. Vamos analisar os itens que ficaram mais caros e mais baratos no mês, além de entender como a inflação afeta o seu poder de compra.
Dentre os itens que registraram aumento de preços em agosto, destaca-se a energia elétrica, que ficou 4,59% mais cara. Esse foi o item que mais influenciou o aumento do índice geral do mês. Por outro lado, os alimentos apresentaram uma queda de 0,85%, o que ajudou a segurar uma alta ainda maior do IPCA.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisou 9 setores e apenas 3 deles registraram queda de preços no mês. Os grupos de Alimentos e Bebidas (-0,85%), Comunicação (-0,09%) e Artigos de Residência (-0,04%) foram os responsáveis por essa diminuição.
Entre os produtos que ficaram mais caros em agosto, destacam-se o limão (+51,11%), o peixe-pintado (+8,57%) e o óleo diesel (+8,54%). Já entre os itens que ficaram mais baratos, temos o morango (-16,98%), a batata-inglesa (-12,92%) e a passagem aérea (-11,69%).
Confira a tabela a seguir com os principais alimentos que tiveram aumento e queda de preços em agosto:
Aumento de Preços | Queda de Preços |
---|---|
Limão (+51,11%) | Morango (-16,98%) |
Peixe-pintado (+8,57%) | Batata-inglesa (-12,92%) |
Óleo diesel (+8,54%) | Passagem aérea (-11,69%) |
A inflação afeta diretamente o seu poder de compra. Com o aumento dos preços, o valor do dinheiro é corroído. Ou seja, com a mesma quantia de dinheiro, você consegue comprar menos produtos ou serviços do que antes.
Além disso, a inflação também afeta o custo de muitos produtos financeiros, como o seu cartão de crédito. Com a alta dos preços, os juros podem aumentar, tornando ainda mais caro o uso do crédito.
Não é possível prever com exatidão quando a inflação vai cair. Em junho, o IPCA registrou uma inflação negativa, ou seja, deflação. No entanto, o ritmo de alta da inflação neste ano está menor do que nos anos anteriores.
Economistas ouvidos pelo Banco Central esperam que o IPCA termine o ano de 2023 em 4,93%. No entanto, é importante ressaltar que essas previsões podem sofrer alterações de acordo com os acontecimentos econômicos.
A inflação em agosto apresentou um aumento de 0,23%, impactando diretamente o consumo dos brasileiros. A energia elétrica foi o item que mais contribuiu para essa alta, enquanto os alimentos tiveram uma queda de preços. É importante ficar atento aos impactos da inflação no seu poder de compra e nos custos dos produtos financeiros. A previsão é que a inflação termine o ano em 4,93%, mas é necessário acompanhar as tendências econômicas para ter uma visão mais clara do cenário futuro.
Lembre-se de sempre buscar formas de equilibrar seu orçamento e fazer escolhas conscientes diante das oscilações de preços causadas pela inflação.
No mês de agosto, os preços dos alimentos essenciais apresentaram queda em 16 capitais do país, em comparação com o mês anterior. Essa informação foi divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza pesquisas mensais sobre o preço da cesta básica em 17 capitais brasileiras.
Natal, Salvador, Fortaleza, João Pessoa e São Paulo foram as capitais que registraram as maiores quedas nos preços da cesta básica em agosto. Em Natal, a redução foi de 5,2%, enquanto em Salvador foi de 3,3%. Fortaleza, João Pessoa e São Paulo tiveram queda de 2,8% e 2,7%, respectivamente. A única elevação nos preços foi registrada em Brasília, com um aumento de 0,3%.
Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo em agosto, totalizando R$ 760,59. Em seguida, estão São Paulo, com R$ 748,47, Florianópolis, com R$ 743,94, e Rio de Janeiro, com R$ 722,78. Por outro lado, os menores valores foram registrados em Aracaju, com R$ 542,67, João Pessoa, com R$ 565,07, e Salvador, com R$ 575,81.
Ao comparar o preço da cesta básica em agosto de 2022 com o mesmo mês do ano anterior, observou-se uma queda em nove capitais, com variações que oscilaram entre 5,24% em Vitória e 0,08% em Curitiba. Já oito cidades apresentaram elevação nos preços, com destaque para Fortaleza, com 2,50%, Porto Alegre, com 1,67%, e Belo Horizonte, com 1,23%.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano até agosto, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais. As maiores quedas foram registradas em Vitória, com uma redução de 9,32%, Goiânia, com 8,96%, Belo Horizonte, com uma queda de 7,22%, e Campo Grande, com 7,06%. Por outro lado, Aracaju teve um aumento de 4,15% e Recife, de 2,77%.
Com base na cesta básica mais cara, que foi a de Porto Alegre em agosto, o Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ter sido de R$ 6.389,72. Esse valor representa 4,84 vezes o salário mínimo vigente, que era de R$ 1.320.