A iniciativa para compra do carro popular tinha uma duração planejada de quatro meses, mas foi concluída antes do previsto, em apenas um mês. Houve até mesmo uma extensão anteriormente, e agora os cidadãos brasileiros aguardam ansiosos por possíveis ampliações dos descontos.
O governo investiu mais recursos do que inicialmente planejado, expandindo as oportunidades para que mais indivíduos pudessem adquirir um carro popular. A criação do programa de incentivo surgiu em um momento em que as montadoras precisaram interromper a produção devido ao acúmulo de veículos não vendidos, como uma maneira de impulsionar a indústria e revitalizar a economia. Além de carros, tanto pessoas físicas quanto empresas também podiam adquirir ônibus e caminhões com descontos.
As fabricantes tinham a responsabilidade de indicar se desejavam participar do programa e especificar quais veículos estariam disponíveis. Mas isso, desde que cumprissem os requisitos estabelecidos pelo governo. Os descontos variaram de R$ 2 mil a R$ 8 mil, sendo que a redução de preço era maior para veículos mais econômicos, fabricados nacionalmente, com preço acessível e menor impacto ambiental.
Conforme dados divulgados pelo governo, o maior volume de vendas por meio do programa de incentivo à aquisição de veículos novos com valor de até R$ 120 mil ocorreu durante a última semana de junho. Esse período, aliás, registrou um recorde de comercialização de automóveis leves nos últimos 10 anos.
Os consumidores individuais adquiriram um total de 95 mil automóveis, sendo que somente no dia 30 de junho foram contabilizados 27 mil registros de emplacamento. A Fiat liderou em número de descontos, seguida pela Volkswagen e Renault, com a distribuição dos recursos ocorrendo da seguinte maneira:
Desde o seu lançamento, passando pela prorrogação e agora com o esgotamento dos recursos do crédito tributário, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu alguns pontos. Ele reiterou que não há disponibilidade no orçamento da União para ampliar o programa. Portanto, os descontos chegaram efetivamente ao fim, resultando em aproximadamente 125 mil veículos vendidos.
Contudo, o programa continua válido para ônibus, vans e caminhões. Isso se deve ao fato de que cada categoria de veículo possuía um limite pré-estabelecido de R$ 800 milhões divididos em R$ 500 milhões iniciais mais R$ 300 milhões da prorrogação. Assim, R$ 700 milhões eram para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
Inicialmente, a duração prevista era de quatro meses, porém, após apenas um mês, os recursos destinados aos carros foram totalmente utilizados. Dos R$ 800 milhões previstos, R$ 650 milhões foram liberados, enquanto os R$ 150 milhões restantes serão utilizados para compensar a perda de arrecadação resultante dos descontos finais concedidos aos automóveis.
A aquisição de ônibus e vans segue em ritmo mais lento devido ao objetivo do governo de renovar a frota. Isso quer dizer que os consumidores que adquirirem esses veículos irão retirar os mais antigos de circulação. O programa terá duração até setembro, conforme o prazo inicial de quatro meses.