A Revolta de Vila Rica foi uma das primeiras revoltas contra a metrópole portuguesa realizada por trabalhadores das minas de ouro da capitania de Minas Gerais.
A Revolta pode aparecer em diversas provas de história do Brasil, principalmente aquelas dos vestibulares do estado de MG.
Assim, é fundamental que você domine esse assunto para conseguir responder qualquer questão sobre a Revolta de Vila Rica com facilidade.
A Revolta de Vila Rica, conhecida também como Revolta de Filipe dos Santos ou Sedição de Vila Rica, foi uma das primeiras revoltas de descendentes de portugueses no Brasil contra a metrópole portuguesa.
O evento aconteceu no ano de 1720 e foi impulsionado principalmente após a intensificação da fiscalização sob o ouro e o aumento de impostos sobre a exploração, comercialização e circulação do mesmo metal precioso.
A Revolta de Vila Rica aconteceu entre os dias 28 e 19 de julho de 1720, na cidade de Vila Rica, parte da Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases.
Os grupos de revoltosos eram formados principalmente por escravos e homens livres que trabalhavam nas minas de ouro. Porém, da revolta participaram também militares, religiosos e comerciantes.
O líder e idealizador da revolta era Filipe dos Santos, que comercializava mercadorias relacionados aos metais preciosos da região.
Quando alguns revoltosos invadiram a casa do Ouvidor da Vila e destruíram os seus documentos oficiais, a Revolta tem oficialmente início. Em pouco tempo, a cidade de Vila Rica estaria totalmente ocupada pelos revoltosos.
O objetivo dos que participaram da Revolta de Vila Rica era reivindicar o fim das Casas de Fundição, que eram controladas pelos portugueses e pelas quais todo o ouro extraído das minas deveriam passar, e exigir a saída de D. Pedro de Almeida do comando da capitania das Minas. Isso porque, o governador da capitania havia, pouco tempo antes, por ordens de Portugal, aumentado consideravelmente os impostos que eram cobrados sobre a extração e a comercialização do ouro, principal produto da região. Com isso, aqueles que viviam da exploração acabavam ficando com pouquíssimos rendimentos de seu trabalho, uma vez que deveriam entregar praticamente tudo o que extraíam para a Metrópole na forma de impostos.
Além disso, a fiscalização sobre o trabalho dos mineradores, escravos e comerciantes que viviam do ouro havia se intensificado ainda mais. O objetivo dessa ação era garantir que nada escapasse dos portugueses e todos os rendimentos fossem enviados para a Metrópole europeia. A ação desagradou consideravelmente os moradores de Vila Rica, que lutavam para reverter essa ordem.
O Conde de Assumar abriu uma negociação com os revoltosos, mas seu objetivo era apenas ganhar tempo para militares que trabalhavam para o governo.
Poucos dias depois, o Conde ordenou que as tropas prendessem os líderes da revolta no dia 17 de julho. Após dois dias de resistência, a rebelião foi sufocada e os seus participantes foram presos.
O líder Filipe dos Santos foi condenado à morte. Seu corpo foi arrastado pelas ruas para mostrar aos moradores o que acontecia quando alguém ameaçava desobedecer a Coroa Portuguesa.
Após o episódio da Revolta de Vila Rica, os portugueses aumentaram ainda mais a fiscalização sobre a extração do ouro.