Em 1994, o Brasil colocava em prática um dos projetos econômicos mais ambiciosos de sua história: o Plano Real. Este foi o sistema que liberou uma série de moedas novas em circulação pelo comércio de todas as regiões.
O que nem todo mundo sabe é que desde então boa parte daquelas moedas lançadas em 1994 começaram a ser consideradas valiosas por numismatas. Hoje, várias pessoas estão dispostas a pagar um bom dinheiro por elas.
É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 10 centavos do ano de 1994. Estas peças ainda possuem valor monetário, e podem ser encontradas por qualquer pessoa em um trocado no comércio, por exemplo.
As moedas de 10 centavos da primeira família do Plano real começaram a ser fabricadas e postas em circulação no ano de 1994, mas também podem ser vistas nas suas versões dos anos de 1995, 1996 e 1997.
Para ajudar no processo de identificação destas moedas, listamos abaixo um grupo com as principais características das peças de 10 centavos da primeira família do Plano real tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, as moedas de 10 centavos da primeira família do Plano Real podem valer entre R$ 80 e R$ 120.
Mas tudo isso vai depender necessariamente do ano de fabricação da peça, e também da presença ou não de uma variante popularmente conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Veja na imagem abaixo:
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.