Curiosidades

A moeda extremamente comum que pode valer muito dinheiro

Na corrida pelas moedas raras no Brasil, é comum imaginar que as peças que podem gerar algum dinheiro sejam aquelas que são absolutamente raras, ou seja, aquelas que quase ninguém nunca vê no dia a dia. Mas a boa notícia para os novos colecionadores é que isso não é necessariamente uma verdade.

Segundo especialistas, existem casos de moedas que valem muito dinheiro, e que são extremamente comuns no nosso cotidiano. Tais peças podem ser encontradas em trocos em uma feira, por exemplo. Assim, e principal dica é prestar bem atenção aos detalhes do exemplar.

A moeda de 50 centavos de 1994

Neste artigo, vamos falar sobre uma das moedas mais comuns da nossa história monetária, e que pode se encaixar perfeitamente na descrição acima: a peça de 50 centavos do ano de 1994. Trata-se de um dos primeiros exemplares produzidos no sistema do Plano Real.

Como dito, esta é uma moeda que pode ser encontrada a qualquer momento por qualquer pessoa. Você que está lendo este artigo, certamente já se deparou com ela em vários momentos da sua vida. Abaixo, você pode conferir o detalhamento da famosa peça de acordo com as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC).

  • Novo Padrão Monetário 1º Família Aço Inoxidável;
  • Plano Monetário: Padrão Real 1º Família (1994-1997);
  • Período: República;
  • Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
  • Diâmetro: 23mm;
  • Peso: 3.92gr;
  • Metal: Aço Inoxidável;
  • Borda: Lisa;
  • Reverso: Moeda;
  • Desenho do Anverso: República à direita, ladeada por representação estilizada por ramo de louros. Na parte inferior, a inscrição ‘Brasil’;
  • Reverso: Inscrição indicativa de valor, ladeada por ramos de louros. Abaixo, os dísticos ‘centavos’ e a data.

Quanto vale esta moeda?

É importante lembrar que a moeda de 50 centavos de 1994 contou com uma tiragem de mais de 420 milhões de peças. Na linguagem da numismática, estamos falando de um montante bastante alto. Até hoje, é possível encontrar várias delas com certa facilidade.

Do ponto de vista da numismática, uma moeda de 50 centavos de 1994 em condições normais, ou seja, sem erros de cunhagem, não possui um valor muito elevado. Normalmente, ela tem o seu valor de face.

Contudo, como estamos falando de uma das primeiras moedas do Plano Real, também é possível afirmar que esta peça conta com vários erros. Abaixo, separamos apenas alguns deles. Em todos os casos, o valor é elevado de acordo com a falha da cunhagem.

  • Moeda de 50 centavos de 1994 reverso invertida 180º – R$120;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 reverso invertida 90º – R$ 65;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o cunho marcado – R$ 120;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o cunho marcado no anverso e no reverso – R$ 180;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com a data marcada – R$ 10 a R$ 20;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o disco trocado com uma moeda de 25 centavos – R$ 450;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o disco trocado com uma moeda de 10 centavos – R$ 400;
Moeda de 50 centavos com o disco trocado. Imagem: Reprrodução
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o disco trocado com uma moeda de 5 centavos – R$ 400;
  • Moeda de 50 centavos de 1994 com o disco cortado – R$ 70.

Como descobrir se elas são valiosas?

Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.

Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.

“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.