O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a afirmar que o retorno das aulas deve ocorrer o quanto antes. Entretanto, ressaltou que isso precisa acontecer a partir das observações sobre o cumprimento dos protocolos de biossegurança.
Em entrevista durante a entrega de ônibus escolares no Tocantins nesta quarta-feira (10), Ribeiro pontuou que cada governante sabe a situação de sua região acerca da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com ele, mais de R$ 700 milhões chegou às escolas públicas provenientes do Governo Federal. A quantia serviria, teoricamente, para as instituições se adequarem às medidas de proteção contra a Covid-19 quando voltassem as aulas.
“Dinheiro que chegou lá na ponta, no CPF, como a gente diz, do diretor da escola, para que ele pudesse fazer pequenas reformas e também adquirisse EPIs, álcool em gel e pudesse administrar esse recurso com objetivo do retorno às aulas. Então, eu não sou a favor das classes fechadas, de maneira alguma, eu sou a favor do retorno à educação, observando os protocolos de biossegurança”, ressaltou o ministro.
Para o ministro, pensar que a escola é o habitat do ‘coronavírus’ é um erro. Por isso as aulas presenciais não devem demorar para acontecer de forma efetiva.
“Estamos preocupados sim com a saúde do nosso povo. Só não podemos achar que só se pega o vírus dentro da escola. Só não podemos achar que a escola é o lugar preferido do vírus atacar. Não é verdade. Temos que ter um cuidado a todos e com todos, mas observando que a falta de escola também traz um impacto muito ruim para o nosso povo”, opina Ribeiro.
“Naturalmente nós temos que ter maior cuidado com a questão da biossegurança, dos protocolos. Desde o início o meu discurso foi o seguinte: eu quero, sim, as escolas abertas, mas não a qualquer preço”, afirmou ele durante a entrevista.
Mesmo com a declaração favorável sobre os protocolos para volta às aulas, o ministro não soube dar um prazo de quando os professores receberão a vacina contra o coronavírus.
De acordo com ele, entrará com novo pedido para o ministro da saúde Eduardo Pazuello para priorizar a vacinação dos servidores da educação. No Plano Nacional de Imunização (PNI), a saber, os professores ocupam a 15ª posição de prioridade.
Ainda assim as aulas presenciais acontecem em grande parte dos estados brasileiros, mas em caráter optativo.
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