A Coluna Prestes foi um importante evento da história brasileira e que fez parte daquilo que ficou conhecido como Tenentismo.
A Coluna e as suas consequências para as ideologias dos movimentos populares são até hoje muito discutidas. E é justamente por isso que o assunto aparece com uma certa frequência nos principais vestibulares, vestibulares militares e concursos do país.
No ano de 1924, diversos conflitos que buscavam alcançar mudanças no Governo se iniciaram.
Sem dúvidas, o principal destaque foi a Revolta Paulista de 1924. Nesse movimento, os tenentistas controlaram a capital paulista por três semanas. Porém, a revolta não obteve sucesso e depois de quase um mês os participantes fugiram e se instalaram no interior do Paraná.
Mas a revolta, por mais que não tenha sido bem sucedida, fortaleceu ainda mais movimento tenentista, iniciado pela Revolta dos 18 do Forte de Copacabana.
O tenentismo foi um movimento político e militar realizado por jovens militares insatisfeitos com o governo da Primeira República Oligárquica, uma vez que o comando ficava nas mãos de grandes fazendeiros que governavam segundo os próprios interesses econômicos.
Assim, com o movimento ganhando força, diversos outros eventos passaram a eclodir por todo o Brasil seguindo os seus ideais. E a Coluna Prestes pode ser citada como um exemplo.
A Coluna Prestes surgiu da união de movimentos tenentistas de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Ao todo, 1500 homens se reuníram para realizar o movimento e foram divididos em duas tropas lideradas por Luís Carlos Prestes, Miguel Costa, Juarez Távora e Isidoro Dias Lopes (o mesmo da Revolta Paulista de 1924).
A Coluna Prestes foi idealizada para atingir alguns objetivos específicos. Entre eles, podemos citar:
Foi decidido então que a Coluna lideraria uma marcha por todo o Brasil para conquistar apoio de mais estados e de mais indivíduos. Dessa forma, com mais homens, os participantes seriam capazes de atingir os seus objetivos.
Assim, em 29 de abril de 1925, ocorre o início oficial da marcha da Coluna Prestes.
Mais de 25 mil quilômetros foram percorridos por todo o interior do Brasil. Os participantes cruzaram os seguintes estados: do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Tocantins e Paraíba.
Após um ano de marcha, os membros decidiram finalizar a Coluna porque estavam cansados e porque o movimento não conseguia o apoio necessário.
Em fevereiro de 1927, os membros da Coluna Prestes abandonaram as armas e se exilaram na Bolívia. Porém, a Coluna não foi oficialmente derrotada e por isso a chamavam de “Coluna Invicta”.
Luís Carlos Prestes passou a ser denominado de “Cavaleiro da Esperança” devido à sua liderança e se tornou um dos maiores revolucionários da luta popular depois que a Coluna acabou.