Você pode ter uma verdadeira fortuna na carteira ou no fundo da gaveta com apenas algumas moedas. Isso pode parecer impossível, mas existem pessoas dispostas a pagar milhares de reais por modelos raras.
Nos últimos dias, algumas moedas de 50 centavos vêm mexendo com o imaginário de muitas pessoas no país. A saber, as pessoas que se especializam, pesquisam ou colecionam cédulas, moedas e medalhas recebem o nome de numismatas, e esse universo vem ganhando cada vez mais força no Brasil.
De acordo com o canal do YouTube Mundo Numismático, nove moedas chegam a valer mais de R$ 15 mil. Confira abaixo os modelos que podem render milhares de reais aos brasileiros.
A primeira moeda da lista possui o cunho trocado. Em suma, o reverso possui o número 50, como todas os modelos desse valor. Contudo, o anverso tem a efígie de dez centavos, em vez dos 50 centavos. A propósito, efígie é a representação plástica da imagem de um personagem real ou simbólico. O modelo foi fabricado em 1995.
Vale destacar que a borda também é mais larga, visto que a efígie de dez centavos é menor que a de 50. Assim, a borda acabou ficando mais grossa que a das demais moedas de 50 centavos, cuja efígie é maior. Segundo o canal do YouTube, o modelo chega a valer até R$ 500.
O segundo modelo da lista foi cunhado em um disco de dez centavos. A saber, cada moeda possui tamanhos específicos, e os exemplares de 50 centavos são maiores que os de dez. Entretanto, esta moeda foi fabricada no disco de dez centavos.
Segundo a 1ª edição do “Catálogo Ilustrado – Moedas do Real (Erros e Variantes)“, de 2021, esse modelo foi fabricado em 1994 e chega a valer até R$ 300.
O canal Mundo Numismático revelou que o terceiro modelo da lista possui o reverso rotacionado em relação ao anverso. Em síntese, o reverso, onde fica o número 50, está de cabeça para baixo em relação ao outro lado da moeda. Além disso, a moeda possui uma letra A no reverso, indicando que ela foi fabricada na Holanda.
Esse erro foi cometido várias vezes, e as pessoas que encontrarem moedas com essas características, cujo ano de fabricação seja 2002, 2003, 2005, 2008 ou 2009, seu valor poderá chegar a até R$ 70. Já o modelo de 2012 vale R$ 300, enquanto os de 2013, 2016 e 2018 são vendidos a R$ 100.
A moeda fabricada em 2019 que é a mais procurada, pois sua tiragem foi menor, ou seja, houve menos unidades em circulação, tornando-a mais rara. Nesse caso, o exemplar chega a custar R$ 800.
Outro modelo que tem feito sucesso entre os colecionadores não tem erro no tamanho do disco ou na possui a palavra “Brasil” deslocada, ao menos a sílaba SIL. Na verdade, a moeda tem a última sílaba duplicada, com o nome “BRASILSIL”.
Esse erro aconteceu duas vezes, nos anos de 2011 e 2013. No primeiro caso, como houve a fabricação de uma quantidade maior de moedas com esse erro, seu valor chega a R$ 100. Já o segundo caso, referente a 2013, o valor da moeda pode chegar a R$ 650 devido à quantidade mais reduzida de exemplares.
Em resumo, a casa da moeda fabrica o real brasileiro uniformemente e sem erros. Contudo, há situações em que isso não acontece, e moedas ou cédulas com algum erro de fabricação acabam entrando em circulação no país.
Isso aconteceu com a moeda de 50 centavos, que teve um erro de confecção: ela não possui o numero zero. O modelo teve 40 mil unidades produzidas e liberadas para a população, e acabou circulando no país até 2012. No entanto, o Banco Central (BC) começou a recolher os exemplares, mas não conseguiu encontrar todos eles.
Isso quer dizer que ainda há moedas de 50 centavos sem o zero no bolso ou na carteira de alguém, ou mesmo circulando pelo país sem ninguém notar o erro. Caso você tenha alguma moeda assim, guarde-a bem, pois os colecionadores estão pagando R$ 1,4 mil para tê-la, segundo o “Catálogo Ilustrado – Moedas do Real (Erros e Variantes)“.
A sexta moeda da lista possui o cunho trocado. Em suma, o reverso possui o número 50, como todas os modelos desse valor. No entanto, o anverso tem Tiradentes, anverso da moeda de cinco centavos, em vez dos 50 centavos. A propósito, o modelo foi fabricado em 2012.
Cabe salientar que estas moedas que possuem o anverso de um exemplar e o reverso de outro são chamadas de “mula” ou “híbrida”. Segundo o livro, o modelo chega a valer até R$ 3.000.
O modelo não possui o Barão de Rio Branco no anverso, como as demais moedas de 50 centavos. Na verdade, o exemplar, fabricado em 2007, é bifacial, ou seja, os dois lados possuem o reverso, com os 50 centavos. O modelo chega a valer R$ 3.000.
O erro cometido em 2007 também se repetiu em 2008. Em suma, existem moedas circulando no país, fabricadas em 2008, que possuem os dois lados iguais, apenas com o número 50, sem o anverso, com o Barão de Rio Branco. Da mesma forma que o modelo de 2007, o exemplar de 2008 também vale R$ 3.000.
A última moeda da lista também é bifacial. Entretanto, não é o reverso que está nos dois lados, mas o anverso, com o Barão de Rio Branco. Nesse caso, o modelo também chega a valer R$ 3.000.
Em suma, as moedas que possuem defeitos de fabricação ou cunhagem costumam valer muito entre colecionadores. Isso acontece devido à redução da sua quantidade, e a sua raridade atrai colecionadores devido ao potencial histórico e cultural que possuem.
Como o processo ocorre de maneira não intencional, o erro nas peças costuma ser apreciado. Entretanto, o cálculo do valor real de uma peça é bastante complicado, e o termômetro acaba sendo a busca realizada pelos colecionadores.
Os principais fatores que pesam para definir o valor de um modelo são: quantidade em circulação no mercado, raridade e baixa tiragem. Além disso, os colecionadores também avaliam o estado de conservação da peça. Caso os modelos estejam bem preservados, o seu valor costuma subir ainda mais.