Apesar do ensino remoto já não ser exatamente uma novidade para crianças e adolescentes, ainda é bastante comum encontrar algumas situações nos lares brasileiros.
Interrupções de reuniões de trabalho para mostrar ou perguntar coisas da aula pela telinha, sonolência e falta de atenção ao que está sendo transmitido, escolher fazer a tarefa de casa de uma disciplina durante a aula de outra matéria são alguns exemplos.
Diante dessa situação, é preciso trabalhar no desenvolvimento da autonomia desses jovens estudantes para que tenham uma melhor consciência e compreensão do seu papel de protagonismo da sua educação.
Para isso, a orientadora educacional do Colégio Augusto Laranja, Renata de Carvalho, separou 4 dicas para tornar o estudo algo leve, prazeroso e, sobretudo, eficaz durante essa fase. Acompanhe a seguir.
Começar pela organização do tempo é fator primordial para fazer o estudo caminhar de forma mais natural possível. Se a aula online (ao vivo) começa às 7h da manhã e termina às 12h45, por exemplo, esse tempo precisa ser exclusivo para a sala de aula virtual.
No entanto, ainda é preciso separar o tempo de estudo para avaliações e trabalhos acadêmicos por disciplina.
“O uso de agenda, seja de papel ou eletrônica é indispensável para uma boa organização. Por isso, uma dica simples e essencial é anotar todos os compromissos e separá-los por tempo”, comenta a orientadora.
Uma dica aos pais é separar um tempo na semana para elaborar a agenda e checar os compromissos com o filho e deixar a organização semanal em um lugar bem visível para que sejam checadas com frequência.
É uma forma dos filhos sentirem que há o apoio e suporte dos pais em um momento em que estão mais afastados do ambiente escolar e de toda a referência que esse ambiente proporciona no sentido de organização das demandas acadêmicas.
A criança ou adolescente deve inserir na rotina, mais do que nunca, momentos de tempo livre no contraturno ou de alguma atividade prazerosa individual ou coletiva com os pais e irmãos.
Fora da sala de aula física e longe da vista do professor, manter a concentração 100% na aula, com certeza, é um dos grandes desafios do ensino à distância. Então, que tal pensar bem sobre qual ambiente é o mais indicado para os estudos?
O indicado é que as aulas sejam acompanhadas em um cômodo da casa mais tranquilo e longe de movimentações. Entretanto, se o aluno tem um perfil mais inseguro, que tal a família ficar por perto – cada um focado nas suas tarefas sem interromper o outro, claro.
Os fones de ouvido, por exemplo, podem ser aliados para manter pessoas diferentes em tarefas distintas em um mesmo lugar sem prejuízo para o outro.
Isso pode simular de forma mais próxima o que os estudantes estavam habituados antes do isolamento social e contribuir para uma rotina mais dentro do que era praticado. Mas, independente de todos estarem juntos ou separados em um ambiente, é preciso torná-lo mais propício aos estudos.
Se você tem dúvidas, pergunte. Estimule que todos os estudantes entendam a importância do perguntar. A sala de aula ganhou outra cara, mas continua sendo um ambiente de aprendizado. Ou seja, o local ideal para a dúvida e para o erro supervisionado.
“O que o aluno precisa ter em mente é que a pergunta dele nunca vai ser fútil, pois determinada atividade só se tornará simples quando adquirido o conhecimento”, afirma Renata.
Por isso, converse sempre com as crianças e os jovens sobre isso. Instrua que ele deve ter o professor como seu aliado e que no menor sinal de dúvida o melhor a fazer é perguntar.
Escutar o professor no ensino remoto não mudou a forma tradicional de estudar. Então, aquele bom e velho hábito de anotar tudo que o docente fala continua sendo um ótimo método para memorizar e aprender.
De acordo com a orientadora, as anotações das aulas e os resumos continuam sendo grandes aliados do aprendizado.
Então, embora estejamos em casa, manter a rotina de ter o material separado em uma mochila perto de cada um, com tudo aquilo que será necessário para a sua rotina é, sem dúvidas, uma boa estratégia.
E então, gostou das dicas?
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