Desde 06 de abril de 2021, o Governo Federal liberou o novo Auxílio Emergencial. Dessa maneira, o pagamento ocorreu de forma escalonada, ou seja, respeitando certa divisão de grupos. Assim, aqueles beneficiários com inscrição no Cadastro Único e no aplicativo da Caixa se dividiram por data de nascimento.
Primeiramente, portanto, aqueles que nasceram em janeiro começaram a receber a primeira parcela do benefício em 06 de abril. Em seguida, o pagamento escalonado prosseguiu, até chegar nos aniversariantes de dezembro, no dia 30 de abril. Já os que possuíam inscrição no Bolsa Família seguiram o mesmo calendário habitual do programa. Assim, nos últimos dez dias úteis do mês, o pagamento ocorreu conforme o final do NIS (número de identificação social) de cada beneficiário.
No entanto, não há garantias de que as mesmas pessoas que receberam a primeira parcela poderão receber a segunda. Isso ocorre visto que o Auxílio Emergencial de 2021 estabeleceu uma análise obrigatória para que o interessado possa receber cada parcela. Isto é, o Dataprev analisará novamente se o mesmo grupo segue cumprindo os requisitos necessários para o recebimento do Auxílio Emergencial.
Nesse sentido, então, o Ministério da Cidadania divulgou os dados que qualificam o público de beneficiários.
De acordo com o Ministério da Cidadania, a primeira parcela do Auxílio Emergencial chegou a 39,1 milhões de família. Dessa maneira, levando em consideração as informações de composição familiar, estima-se que esse número totaliza 77,2 milhões de pessoas. Portanto, isso significa que 36,5% da população brasileira recebeu o benefício.
Tais dados, então, denunciam a importância da medida, visto que grande parte dos brasileiros veem a necessidade de recorrer à mesma. Para entender melhor o perfil de cada beneficiário, percebe-se que 23,89 milhões são aqueles com inscrição via aplicativos e meios digitais. Ademais, 10,01 milhões vieram do programa Bolsa Família. Por fim, ainda 5,27 milhões fazem parte do Cadastro Único.
Além disso, o Ministério da Cidadania indica que o investimento nesse primeiro momento totalizou em R$ 8,9 bilhões. Nesse sentido, o orçamento total que o Congresso Nacional aprovou para o programa é de R$ 44 bilhões. Desse modo, é possível perceber que, caso o valor para as demais parcelas continue a mesma, teremos uma sobra de orçamento para o Auxílio Emergencial.
De acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, “Seguimos trabalhando para fazer com que esses recursos, voltados para minimizar os efeitos econômicos e sociais da pandemia, cheguem a quem realmente precisa, com a celeridade necessária. Essa projeção de 77 milhões de brasileiros beneficiados direta ou indiretamente com a primeira parcela do Auxílio Emergencial 2021 reflete o esforço do Governo Federal neste momento tão difícil”.
No portal online do Ministério é possível acompanhar o público de pessoas elegíveis, bem como aquelas que efetivamente receberam o benefício. Logo, a plataforma se mostra como uma ferramenta de publicidade da política pública de assistência social. Ademais, também demonstra quais são os grupos sociais que mais precisam do aporte governamental.
Assim, verifica-se que foram 39,1 milhões de pessoas consideradas elegíveis para o Auxílio Emergencial de 2021. Dentro destes, então, encontram-se:
Tais números, no entanto, representam em dinheiro o total de 9,03 bilhões de reais a serem repassados, dentre os quais:
Indo adiante, o público também se diferencia pela quantidade de mulheres e homens que recebem. Assim, são 18.438.868 homens, ao passo que 20.715.624 mulheres receberam o benefício. Dessa maneira, portanto, fica perceptível a importância do benefício que prioriza mães solo, por exemplo. Assim, é possível destinar verba àquelas que se encontram em uma situação de vulnerabilidade maior.
Além disso, a idade também demonstra o perfil dos beneficiários da primeira parcela do Auxílio Emergencial de 2021. Nesse sentido, o público de qualifica da seguinte forma:
Portanto, fica claro que o público que mais necessita da benesse governamental se encontra na faixa etária de 25 a 34 anos. Tal dado demonstra, então, que o grupo em idade considerada como produtiva, a qual estaria mais inserida no mercado de trabalho, na verdade não está. Isto é, a geração atual de trabalhadores se encontra em maior estado de vulnerabilidade.
Para além dos dados pessoais, o Ministério da Cidadania também demonstra quais são as localidades que mais necessitam do benefício. Assim, constata-se que as regiões Sudeste e Nordeste são as que mais se aderem ao Auxílio Emergencial de 2021.
Assim, as dez cidades que mais receberam a primeira parcela foram:
Os números indicam a quantidade de beneficiários em cada cidade, estando os dois primeiros colocados em uma diferença considerável dos demais. Ademais é possível constatar que as regiões Sudeste e Nordeste prevalecem no índice.
Contudo, as cidades que menos concentraram beneficiários do Auxílio Emergencial de 2021 foram:
Assim, é possível perceber que a grande maioria das cidades se concentram no estado do Rio Grande do Sul, de forma a delimitar, também, aquelas localidades com menos urgência em políticas públicas de assistência social.
Para além de compreender o grupo social que abarca do benefício, também fica visível a baixa de beneficiários entre o ano passado e o presente.
Nesse sentido, de acordo com os dados do Ministério da Cidadania, foram 68.245.957 beneficiários em 2020. Enquanto isso, 2021 computa um total de 39.181.350 beneficiários na primeira parcela. Em conjunto, também é importante lembrar que os valores do benefício também sofreram redução.