Após anos com o tradicional cartão SUS, uma transformação silenciosa está a caminho: 111 milhões de registros estão prestes a ser cancelados até abril de 2026.
Muitos brasileiros só irão perceber a mudança quando, ao procurar atendimento, não conseguirem acesso imediato por conta da nova exigência de CPF no cadastro de saúde.
Descubra como essa transição pode afetar seu acesso ao sistema e o que fazer para não ser pego de surpresa.
O Ministério da Saúde iniciou, em julho de 2025, a realização de uma ampla revisão da base de cadastros de usuários do Sistema Único de Saúde. O objetivo é eliminar registros inconsistentes, duplicados e inativos, promovendo a unificação dos dados de saúde com o CPF, que agora passa a ser o identificador único do cidadão. Desde então, essa limpeza já reduziu a base de registros de 340 milhões para 286,8 milhões de cadastros ativos, sendo que 54 milhões de registros sem CPF já foram suspensos.
A expectativa do governo é cancelar aproximadamente 11 milhões de cadastros por mês, totalizando 111 milhões de inativações até abril de 2026. A ação busca aproximar o número de cadastros ativos do SUS ao total de CPFs ativos na Receita Federal.
A principal novidade é que o documento passará a exibir o nome completo e o CPF, substituindo o antigo número do Cartão Nacional de Saúde. Essa mudança faz parte da estratégia de modernização orientada pela interoperabilidade entre a base de dados do SUS e a Receita Federal. Assim, o CPF passa a ser a principal forma de identificação dos usuários em todas as redes e sistemas integrados de saúde pública.
Não haverá necessidade de impressão do novo cartão, pois ele ficará disponível no formato digital, acessível por meio do Meu SUS Digital e do sistema CADSUSWEB, utilizados por gestores do SUS.
Para evitar transtornos, você deve:
O antigo cartão SUS, agora chamado formalmente de Cadastro Nacional de Saúde, torna-se um registro secundário e complementar.
A adoção do CPF como identificador único busca proporcionar benefícios como maior eficiência no atendimento, redução de fraudes e duplicidades, facilitação da integração de dados de saúde e melhora no planejamento de políticas públicas. Para o usuário, a rotina deve ficar mais ágil: basta informar o CPF para ser atendido, acompanhando inclusive o histórico de vacinação e outros procedimentos via aplicativo.
Além disso, gestores devem ganhar bases de dados mais seguras, capazes de embasar decisões de saúde com muito mais precisão.
Os maiores impactados serão aqueles cujos cartões SUS não estão vinculados a um CPF. Pacientes estrangeiros, indígenas, ribeirinhos e pessoas em situação de vulnerabilidade seguem atendidos normalmente, utilizando um cadastro secundário, mas o Ministério da Saúde recomenda que todos que puderem regularizem a situação do seu cadastro para garantir o atendimento sem obstáculos.
Pessoas atendidas sem CPF, em situações excepcionais ou emergenciais, receberão um cadastro temporário válido por até 1 ano. Após esse período, é preciso apresentar um CPF válido para continuidade nos atendimentos regulares.
É possível checar a situação cadastral no portal Meu SUS Digital ou comparecer pessoalmente à unidade básica de saúde. Quem não tiver o CPF associado receberá orientações para regularizar o cadastro e evitar a suspensão dos serviços. Reforça-se que, mesmo com o cancelamento do cartão antigo, o atendimento é garantido desde que haja a atualização cadastral posteriormente.
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