IBGE: Trabalho informal no Brasil sobe para 40% ao final de maio de 2021

Segundo dados coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o índice de trabalho informal no mercado de trabalho no Brasil aumentou para 40% da população empregada no fim do trimestre em maio de 2021. Esse resultado foi anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) hoje, dia 30 de julho.

Ainda segundo o IBGE, até maio existiam 86,7 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, destes cerca de 34,7 milhões eram trabalhadores informais, ou seja, sem carteira assinada, pessoas que trabalham por conta sem CNPJ e os que trabalham ajudando a família.

O índice de trabalho informal no mês de maio de 2021 foi superior ao do trimestre anterior e ao do mesmo período no ano de 2020, em fevereiro a taxa ficou em 39,6% e em maio de 2020 ficou em 37,6%.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 29,8 milhões, obtendo uma queda de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já quando se fala dos trabalhadores sem carteira assinada no setor privado o número foi de 9,8 milhões de cidadãos, um aumento de 6,4% em relação a maio de 2020.

No âmbito dos trabalhadores por conta própria, o número chegou a 24,4 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 3% frente ao trimestre anterior e 8,7% ao trimestre terminado em maio de 2020.

População subocupada bate recorde

Os números de cidadãos subocupados pela escassez de horas trabalhadas, 7,36 milhões de pessoas, bateu recorde desde o início da série histórica em 2012, registrando altas de 6,8% se comparado a fevereiro deste ano e de 27,2% ante a maio de 2020.

Já as pessoas subutilizadas, ou seja, as desempregadas, as que trabalham menos horas do que conseguiriam e as que tem condições de trabalhar, porém, não buscam emprego, alcançou um número de 32,9 milhões de pessoas, o número está estável desde fevereiro de 2021, no entanto, está 8,5% superior ao número registrado em maio de 2020.

A taxa de subutilização em maio de 2021 ficou em 29,3%, estável em relação a fevereiro deste mesmo ano é superior a maio de 2020 quando registrou 27,5%.

Alta no trabalho informal e desemprego estável

Ainda segundo a pesquisa divulgada pelo IBGE a taxa de desemprego no Brasil no trimestre de março a maio foi de 14,6%, demonstrando estabilidade quando comparado ao trimestre de dezembro de 2020 quando a taxa foi de 14,4%. No entanto, quando comparado ao trimestre de março a maio de 2020 a alta registrada é de 1,7%.

A população desempregada, cerca de 14,8 milhões de cidadãos, se manteve estável na comparação com o trimestre que terminou em fevereiro onde eram registrados cerca de 14,4 milhões de desempregados e subiu 16,4% na comparação com o trimestre de março a maio de 2020.

Com a alta no trabalho informal o desemprego no país consegue manter-se estável, cada vez mais se torna necessário os cidadãos buscarem empregos mesmo que sem carteira assinada para conseguirem se manter durante a crise econômica que o país vive em decorrência da pandemia de Covid-19.

Pode-se notar isso observando os dados coletados pela Pnad e divulgados pelo IBGE, onde a taxa de informalidade entre a população empregada é de 40% no país. Muito provavelmente por perderem sua fonte de renda principal com a crise, e serem obrigados a procurar formas de renda alternativas muitas vezes informais.

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